Charles Dickens
916 Páginas
Edição Kindle
"David Copperfield está para nascer, seis meses após a morte de seu pai.
Clara, a mãe, é muito jovem, quase uma criança, e só tem a ajuda da fiel
empregada, sra. Peggotty. Betsey Trotwood, uma tia distante que nunca
havia visto Clara pessoalmente, aparece pouco antes do parto. É uma
mulher excêntrica, temperamental e faz questão de que nasça uma menina.
Quando nasce o menino David, ela fica furiosa e parte dali, jurando
nunca mais voltar.
O pequeno David é criado pela jovem Clara e por Peggotty, vivendo feliz durante os seus primeiros nove anos. Nesta época, Clara começa a ser cortejada pelo falso e interesseiro sr. Murdstone. David odeia o namorado da mãe, mas não pode evitar que ela se envolva..."
O pequeno David é criado pela jovem Clara e por Peggotty, vivendo feliz durante os seus primeiros nove anos. Nesta época, Clara começa a ser cortejada pelo falso e interesseiro sr. Murdstone. David odeia o namorado da mãe, mas não pode evitar que ela se envolva..."
Um comentário:
David Copperfield é daqueles livros que não dá para esquecer. Um tanto pelo volume, em suas mais de 900 páginas, outro tanto pela história monumental escrita por Dickens, cheia de detalhes, minúcias, e uma variedade de personagens que desnudam a alma humana, revelando todas as contradições que carregamos em nós mesmos, e que em alguns se acentuam, enquanto, em outros, é possível descobrir uma alma a caminhar linearmente por entre as trevas [ao exemplo do personagem "Uriah Heep", um dissimulado onde estivesse, com quem estivesse, independente da situação]. Há ainda aqueles que emanam luz, a qual brota tão intensamente que não há escuridão que os impeça, pelo contrário, elas a dissipam, como é o caso da personagem Agnes.
Dickens é um poeta a fazer prosa; é como se no decorrer do livro estivéssemos lendo uma partitura sinfônica, e pudéssemos extrair o som de suas páginas, ora trágicas, ora românticas, ora aventurescas...
David Copperfield é um romance completo, e um desafio para quem quiser descortiná-lo, não somente pelas centenas de páginas, próximas do milhar, mas pelas sutilezas, ironia, e um humor refinado com que o autor as imprimiu. É um grandíssimo livro, do qual, como disse inicialmente, não se pode esquecer.
Como não gosto de resumos de histórias, não o farei. Quem se interessar, que leia o livro, o qual, por sinal, é algo obrigatório. Tenham apenas cuidados com as edições, pois a maioria delas não tem o texto escrito por Dickens, mas são condensações e, em muitos casos, o texto é reescrito em uma linguagem que perde totalmente a magia original. Se o seu livro não tiver ao menos 800 páginas [variações quanto ao tipo e tamanho de letras e páginas] não se aventure. Procure um exemplar que contenha ao menos 90% da obra tal qual foi concebida pelo autor. Fuja, portanto, de condensações que reduzem a obra a 30 ou 40%, indicativo de que você está a ler sobre David Copperfield mas não a David Copperfield.
Leitura mais que recomendada.
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