O declínio de um homem - Osamu Dazai (***)

 



Osamu Dazai

Estação Liberdade

152 Páginas


"A curta passagem pela vida do escritor japonês Osamu Dazai — suicidou-se aos 38 anos de idade — não o impediu de se transformar num autor bastante popular. Declínio de um homem, editado pela primeira vez no Brasil, vendeu mais de 10 milhões de exemplares desde sua publicação original, em 1948. A obra sintetiza em cenas e passagens notoriamente biográficas muitas das angústias que tanto alimentavam a personalidade autodestrutiva do autor, a saber: a dificuldade de entendimento com seus familiares, sua antissociabilidade niilista, seu patológico apego ao álcool — vício do qual nunca conseguiu se livrar —, sua autoestima inexistente, enfim, sua evidente sensação de deslocamento em relação ao mundo — como se tivesse sido enviado à existência por mero descuido."

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A vida como ela é! - Nelson Rodrigues (***)

 




Nelson Rodrigues


536 Páginas



"Neste volume, os contos da inesquecível coluna de Nelson Rodrigues no jornal Última Hora são reunidos, para deleite das novas gerações de leitores e boas recordações das mais antigas. Histórias adaptadas para o rádio, teatro, cinema e televisão, como “A dama do lotação” e “Diabólica”, se tornaram marcos da boa crônica brasileira e símbolo da escrita deliciosamente ácida e perspicaz do jornalista, escritor e dramaturgo recifense de alma carioca."




O "Ateísmo" da Igreja Primitiva [****]



Rousas J. Rushdoony 
96 páginas

Embora muitos possam estranhar o título deste livro, os primeiros cristãos eram considerados como “ateus” pela maioria das pessoas no império romano. O motivo é que, em vez de adorar milhares de deidades visíveis, os cristãos adoravam somente o único Deus vivo e verdadeiro, que é invisível (1Tm 1.17). Adicionalmente, eles eram tidos como ateus também por não reconhecerem as reivindicações divinas do Estado romano e, em particular, de César. Devemos lembrar que o imperador romano reivindicava ser divino, de forma que, quando alguém dizia “César é Senhor”, estava dizendo na verdade que César é deus. Todavia, ser cristão significa reconhecer que somente “Jesus é Senhor” (Rm 10.9); por causa disso, a igreja era vista como inimiga do Estado, e por boas razões. A explicação é que, como Rushdoony observa, a Bíblia requer que sirvamos um Senhor que não o Estado, com um tipo inteiramente diferente de educação e lei.

 

A Casa das Belas Adormecidas - Yasunari Kabawata (***)

 


Yasunari Kabawata


126 Páginas

"Imbuída de um erotismo inusitado, esta obra, escrita em 1961, demonstra a maturidade estilística do autor, que se utiliza de sua virtuose descritiva para contar a história de Eguchi, um senhor de 67 anos que frequenta a "casa das belas adormecidas", uma espécie de bordel onde moças encontram-se em sono profundo, sob efeito de narcóticos. Apesar da idade avançada, o protagonista parte em busca dos prazeres perdidos e se depara com moças virgens, que os visitantes podem tocar, mas são proibidos de corromper. Daí derivam passagens antológicas de rememorações pessoais e fantasia. Kawabata procura desvendar o enigmático universo do corpo feminino em um culto ao belo e ao inalcançável, investigando as dores da solidão a partir da sutileza de um erotismo expressivo, constantemente atravessado por passagens de fina ironia e perturbadora consciência da passagem do tempo, do vazio existencial que permeia as relações humanas."



Pelos Olhos de Maise - Henry James (****)

 


Henry James

Pinguin Publicações

416 Páginas


"A separação de seus pais gerou uma situação inusitada para Maisie. Apesar de a guarda ter sido concedida ao pai, acabou sendo estabelecido que a menina ficaria com os dois. Dividida, Maisie vira um joguete na mão do casal e, aos poucos, expõe os contrastes, entre virtudes e defeitos, entre inocência e cinismo, de ambas as partes - ao mesmo tempo que descobre um modo próprio de ver o mundo."



Deserto dos Tártaros - Dino Buzzati (**)

 






Dino Buzzati

Nova Fronteira

176 Páginas






"O deserto dos tártaros é a obra-prima de Dino Buzzati. Publicado originalmente em 1940, o livro marcou a consagração do autor entre os grandes nomes da literatura italiana e foi eleito pela crítica especializada um dos melhores livros do século XX. A obra narra a história do jovem tenente Giovanni Drogo, que recebe com alegria uma missão no forte Bastiani ― para ele, a primeira etapa de uma carreira gloriosa."

Mar Inquieto - Yukio Mishima (****)

 

Autor: Yukio MIshima

Cia. das Letras

168 Páginas


    "O jovem pescador Shinji conhece Hatsue, uma mergulhadora de beleza inquietante, na orla da praia de Utajima, onde mora com a mãe e o irmão. Hatsue é filha de Terukishi Miyata, um dos homens mais ricos da pequena vila pesqueira japonesa.

    Shinji e Hatsue se apaixonam e frustram a vontade do pai da garota de vê-la casada com Yasuo, pretendente a quem ela fora prometida. Tem início uma história de amor proibida, de desenlace imprevisível. Mar inquieto acompanha as venturas e desventuras do jovem casal, que logo faz pensar em Romeu e Julieta."

Botchan - Natsume Soseki (***)

 






Natsume Soseki

Estação Liberdade

160 Páginas






"Se em seu bem-sucedido livro de estreia, Eu sou um gato (1905), Natsume Soseki satirizou a condição humana pelo olhar de um bichano sagaz, neste Botchan, publicado apenas um ano depois, o autor japonês reafirma o estilo bem-humorado com outra trama sobre diferenças: o choque cultural que opõe a cidade grande e o interior. Mas Soseki não opta pelo caminho mais fácil, pintar um caipira de calças curtas no furacão hostil da metrópole. Ao contrário: em Botchan, o personagem que dá título ao romance é um jovem professor de matemática de Tóquio que, aos 23 anos, aceita partir para uma localidade inóspita nos rincões do Japão, na ilha de Shikoku, a fim de lecionar para aquela que será sua primeira turma de alunos ginasiais.Habilidade social não é o forte do protagonista, muitas vezes comparado ao Holden Caufield de J. D. Salinger em O apanhador no campo de centeio. Até aceitar o emprego, Botchan tinha passado os últimos três anos vivendo recluso em um cubículo "de quatro tatames e meio". Seus modos são ríspidos, sua paciência com os outros é limitada, sua impetuosidade vive lhe causando problemas, sua fome é insaciável.
No olhar ferino de Natsume Soseki quem se torna alvo da chacota e da maldade dos colegas não é o estudante desengonçado, mas o professor cujo sotaque cosmopolita agride os ouvidos dos alunos da província. Aprendiz de adulto, Botchan terá de aprender que a vida real pode ser bem menos tranquila do que indicava sua experiência anterior, dividida entre a reclusão e os mimos de uma velha criada da família. No romance, Soseki , que também foi professor na juventude, destila os predicados que lhe deram fama, como a ironia, a escrita fluida e a magistral composição psicológica de personagens. Um clássico da literatura japonesa do século XX, que se mantém até hoje como um dos livros mais populares no Japão."


Enquanto Agonizo - William Faulkner (****)

 




Autor: William Faulkner

LP&M Pocket

224 Páginas



“Neste romance, o autor distancia-se da aristocracia sulista americana para falar de gente comum e humilde, como a família Bundren, que se reúne para cumprir o último desejo da matriarca - ser enterrada em Jefferson, ao lado de seus parentes. O marido e os cinco filhos partem com o caixão determinados a cumprir seu objetivo, sem saber como essa viagem mudaria suas vidas.”


Neve de Primavera, de Yukio Mishima (****)

 


 



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Título: Neve de Primavera

Autor: Yukio Mishima

374 Páginas

Editora: Brasiliense

Sinopse:

"Tóquio, 1912. O mundo hermético da antiga aristocracia da era Meiji está sendo invadido por ricas famílias das províncias sem o peso da tradição e com costumes e aspirações que imitam o modelo europeu da Belle Époque. Dessa elite emergente faz parte o ambicioso marquês de Matsugae, cujo filho Kiyoaki é enviado para a elegante família do conde Ayakura, membro da nobreza em declínio, para ser preparado a assumir seu lugar na corte quando atingir a maioridade."


Doutor Fausto, de Thomas Mann (****)

 

 



Doutor Fausto 
A vida do compositor alemão Adrian Leverkuhn narrada por um amigo


624 Páginas

  "Último grande romance de Thomas Mann, Doutor Fausto foi publicado em 1947. O escritor fez uma releitura moderna da lenda de Fausto, na qual a Alemanha trava um pacto com o demônio - uma brilhante alegoria à ascensão do Terceiro Reich e à renúncia do país a sua própria humanidade. O protagonista é o compositor Adrian Leverkühn, um gênio isolado da cultura alemã, que cria uma música radicalmente nova e balança as estruturas da cena artística da época. Em troca de 24 anos de verve musical sem paralelo, ele entrega sua alma e a capacidade de amar as pessoas. Mann faz uma meditação profunda sobre a identidade alemã e as terríveis responsabilidades de um artista verdadeiro."

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Após a leitura, classificarei os livros assim:
Péssimo [0] Ruim [*] Regular [**] Bom [***] Muito Bom [****] Excelente [*****]