Eda Nagayama
Cosac & Naify
128 Páginas
"Uma mulher evangélica perde a fé e, ovelha desgarrada, sai em busca de
respostas para sua vida. Com uma linguagem poderosa e original, feita de
fragmentos de frases, Nagayama confere tensão incomum à narrativa,
expondo as emoções mais íntimas com inusitada intensidade."
Um comentário:
Uma leitura difícil, sofrível e cáustica.
Assim que me senti ao ler o livro da Eda Nagayama . Sinceramente, ele é ruim e mal escrito. Não há qualquer tentativa de se criar empatia com o leitor; apenas o desenrolar sinuoso de uma teia de clichês na qual ele pode se ver preso, sem saber ao certo como foi.
É um livro frio, diria, gélido. Uma narrativa truncada, sem beleza, mutilada por excessivos “pontos finais”. Falta musicalidade, verve, e uma história convincente, e personagens reais, a despeito da tentativa de se passar “uma realidade”. Quer ser verossímil pela sisudez narrativa, demonstrado falta de apuro e sensibilidade. Não há profundidade, elaboração, esmero, apenas frases [muitas desconectadas] jogadas de lá para cá, entrecortadas, assassinadas por uma necessidade de forma, como uma serra amputando uma perna sadia. Sem que haja um real sentido, uma apropriação. A não ser enfadar por um conceito, que se afasta, em muito, de uma boa história contada.
“Desgarrados" não passa disto: apenas um estilo, muito desinteressante, discorrido em 128 páginas. E só!
PS: Interrompi a leitura um pouco antes da metade do livro. E achei que fui muito além do que deveria. Não gosto de suspender nada até que esteja concluído. Entretanto, as vezes é necessário matar algumas leituras, devolvendo o livro à estante, para não sucumbirmos nelas.
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