O Último Magnata (**)

 



F. Scott Fitzgerald

Penguin

232 Páginas


"Romance inacabado de Scott Fitzgerald, O último magnata demonstra que poderia ter sido, apesar de sua brevidade e ausência de conclusão, a real obra-prima do autor de outro romance central da literatura norte-americana, O grande Gatsby. Acompanham as cerca de 60 mil palavras do rascunho as notas em que Fitzgerald formulava sua narrativa, minuciosamente coletadas pelo crítico e ensaísta Edmund Wilson, também autor do primoroso prefácio. Conforme Wilson observa em seu excelente - embora breve - prefácio, o mandachuva Monroe Stahr, centro da trama de O último magnata, é o personagem mais bem concebido de Scott Fitzgerald. “Suas anotações sobre o personagem mostram como Fitzgerald conviveu com Stahr por três anos ou mais, amadurecendo as idiossincrasias da figura e reconstituindo sua rede de relacionamentos nos vários departamentos da indústria do cinema.” Desde o começo, Scott Fitzgerald escreveu sobre os objetos e as pessoas que ele conhecia de perto. Seus primeiros textos eram triviais, e como os jovens sobre quem ele escreveu, ele mesmo foi um sujeito desgovernado, guiado pelas sensações em um fluxo de vazios que o levava a nada. Mas desde o princípio suas percepções eram agudas, seu dom com as palavras era inato, sua imaginação era rápida e poderosa. Há vitalidade em cada linha que escreveu. Mas ele teve de confrontar seus próprios valores antes que pudesse propriamente fazer o trabalho para o qual havia sido talhado - e o processo pegou pesado em sua carga de vitalidade. A carreira de Fitzgerald é uma história trágica, mas o epílogo é melhor do que poderia ter sido. E é pelo que fez que será lembrado."


Um comentário:

Jorge Isah disse...

Livro inacabado de Fitzgerald, e que tem um apelo somente para curiosos. Poderia ser um clássico, caso o autor pudesse terminá-lo; mas da forma como foi editado certamente não agradará ao leitor comum, não interessado em análises quanto à formação e estrutura de um romance.

Como obra literária é ruim, não porque Fitzgerald seja mau autor, não é isso. Mas por não ter tido o tempo de terminá-lo, burilá-lo, e colocar no livro o seu gênio.

Como obra a ser estudada, pode trazer muitas e boas reflexões quanto ao processo criativo.

Se puder, e não estiver incluído na classe do último parágrafo, fuja!

Após a leitura, classificarei os livros assim:
Péssimo [0] Ruim [*] Regular [**] Bom [***] Muito Bom [****] Excelente [*****]