A Guerra Pela Verdade (*****)


John MacArthur
Editora Fiel

10 comentários:

Jorge Fernandes Isah disse...

Já na introdução, MacArthur nos mostra como a Verdade tem sido relativizada, desprezada, e, mesmo na igreja, tornou-se antiquada, obsoleta e irrelevante.
A Verdade sem Deus não existe, não passa de um conceito abstrato; para que seja real é necessário que ela provenha de Deus (porque toda a Verdade tem origem n'Ele), como nos é revelada por Ele nas Escrituras, e assim, vivemo-la como crentes em Cristo nosso Senhor.
A Verdade não precisa ser defendida, porém, deve ser proclamada, e jamais escondida a "sete chaves", como um tesouro secreto. A igreja tem o dever e a obrigação de nortear-se pela Verdade, o Evangelho de Cristo, o qual afirma: "Eu sou o caminho, e a verdade e a vida" (Jo 14.6).
Mas o que se vê, é a igreja desprezando a verdade, cheia de dúvidas, norteada pelo humanismo que acomoda o homem no redil das incertezas, incitando-o ao pecado, a apostasia e ao nominalismo religioso.
Acovardados, preocupados com a aparência, reputação e sucesso, tornamo-nos coniventes com o mal, consentindo-o, e acabando por nos sujeitar a ele, permitindo que todo o tipo de heresia substitua os princípios bíblicos, os quais são a Verdade revelada.
Abandonamos a objetividade da Palavra e uma vida santa, para vivermos a subjetividade do coração e uma vida dissoluta; a falsa liberdade que nos mantêm em prisão.
Somente Cristo pode nos libertar através da Verdade do Evangelho, pois, sem Ele tudo é permitido, mas nada possível... Sem Ele, a condenação é, certamente, a mais pura Verdade.

Jorge Fernandes Isah disse...

O modernismo fez o homem descer alguns degraus
até a racionalidade absoluta, ou quase. Ainda que houvesse uma busca pela verdade, por um absoluto universal, o raciocínio e os métodos científicos foram incapazes de detectá-la, de apontá-la. Portanto, como resposta à frustração decorrente desse racionalismo, surge a pós-modernidade; a qual fez o mesmo homem escorregar ladeira abaixo, descendo a um mundo onde a única verdade é o fato de não haver verdade objetiva, o que torna essa própria verdade pós-moderna em algo falacioso, contraditório, impossível e irracional; uma rebelião arrogante contra a revelação divina. É o ceticismo em sua forma mais pura, é o que se pode chamar de descrença absoluta. E a pós-modernidade está estabelecida em muitas denominações e igrejas, relativizando tudo, subjetivando tudo, tornando o conhecimento em dúvidas e incertezas, trazendo como efeito a rejeição da Verdade, da Palavra de Deus.
Frases pinçadas do livro sobre a pós-modernidade:
- "Nenhum assunto deve ser considerado definitivamente estabelecido".
- "A vítima disso tudo é qualquer conhecimento seguro e certo da verdade bíblica".
- "A teologia mantida num estado constante de fluxo esvazia a epistemologia".
- "Se for removido o fundamento da verdade, tudo o que resta é o sentimento religioso flutuante".
Em nome da Verdade, todo crente deve lutar por ela, contra a apostasia e o engano perpetrado por satanás; porque sempre teremos a segurança pela fé em Cristo nosso Senhor, e seremos guardados por Ele, como a mais pura e sublime verdade.

Jorge Fernandes Isah disse...

Fato negativo: Há muitos erros ortográficos, a maioria, fruto de má digitalização. Pelo material do livro: capa c/ título em alto-relevo, páginas envelhecidas, excelente tipografia, além do conteúdo irretocável (pelo menos até o momento), devia-se gastar mais tempo e recursos na revisão do texto final, fazendo-a de forma acurada, e levando ao leitor uma obra completa.
É o único senão desta edição, a qual pode ser corrigida, e que chega a constranger o leitor.

Jorge Fernandes Isah disse...

No cap. 3, MacArthur faz uma introdução à Epístola de Judas, mostrando, já nos primórdios da igreja, a necessidade de exortar o povo de Deus contra os ataques à Verdade, perpetrados por inimigos infiltrados, e que confundiam o povo, por meio de mentiras, e aviltando a verdade (Paulo igualmente exorta os Bispos de Éfeso contra os falsos mestres em Atos 20).
Os falsos mestres estavam infiltrados na igreja, eram "crentes" estabelecidos e aceitos pela comunidade cristã, e seus ensinos enganosos espalhavam-se pela igreja. Portanto, tão cedo na história do cristianismo, os "lobos cruéis" estavam imbuídos do desejo de destruir o rebanho de Deus.

Jorge Fernandes Isah disse...

Judas, em sua carta, exorta os crentes fiéis a batalhar pela fé, a reagir aos ataques dos falsos mestres, ressaltando as suas características comuns, as quais procuram "imitar" o trabalho do Espírito Santo, parecendo-se sínceros, inofensivos e empregando uma linguagem que soa espiritual; citando as Escrituras com alguma habilidade, conhecem a Verdade, porém, usam-na para atingir os seus propósitos. Protegidos atrás de uma verdade, atacam outra verdade, raramente o fazendo de forma direta e clara.
Esses "quase cristãos" com ideais "quase cristãos" exigem o reconhecimento e a tolerância por parte dos verdadeiros crentes, objetivando remover os fundamentos da fé cristã.
John MacArthur explica, minuciosamente, como se dá a investida do mal dentro da igreja, ocorrendo de forma sutil, contudo, perigosamente letal. Utiliza-se do exemplo dos judaízantes e gnósticos à época dos apóstolos, para mostrar-nos como as armas do inimigo são as mesmas ainda hoje.
Há de se perceber que, com a influência do liberalismo e do pós-modernismo nas "denominações", o trabalho dos falsos mestres foi facilitado, pois, num ambiente onde os principios cristãos encontram-se corrompidos e demolidos, não sobra muito mais o que destruir.

Jorge Fernandes Isah disse...

Alguns pontos fundamentais abordados pelo autor:
1)Após negligenciar a defesa da fé por anos, o passo seguinte é repudiar esse dever. Em nome de um pretenso amor, de um não-julgar o próximo, vemo-nos passivos diante do bombardeio inimigo, com seus dardos flamejantes, demolindo os alicerces da fé. Porém, se quisermos ser fiéis, é exigido que retornemos à guerra, e como guerreiros, defendamos a verdade. Se os apóstolos e discípulos do Senhor Jesus não lutassem pela fé (pagando com suas próprias vidas) a Igreja teria sucumbido aos erros dos judaízantes e dos gnósticos. Não há trégua na luta pela verdade; o inimigo é implacável!
2)A heresia funciona assim: como a verdade é imutável, a heresia se coloca sempre em movimento, e a despeito de suas variações e mudanças, é uma constante ameaça. Ela jamais é completamente aniquilada, assumindo novas formas, está sempre a ressurgir vestida em roupas "modernas".
Por exemplo, o arianismo foi uma variação do sabelianismo, ambos surgiram dentro da Igreja, e, tanto Àrio como Sabélio eram líderes importantes e proeminentes.
3)Ao explicitar o "arianismo" e a luta de Àrio em derrubar os fundamentos do Evangelho, o autor revela como a sutileza de uma heresia "contamina" as pessoas na igreja, pouco a pouco, fazendo-a popular, exatamente por ser "quase a verdade", e se amoldar perfidamente à natureza corrompida e pecaminosa do homem, o qual é incapaz de vê-la, e mesmo os que a vêm, por sua perspicácia, acabam por considerá-la inofensiva ou uma "verdade recriada".
A capacidade que a heresia tem de reformular-se e aproximar-se da vedade, fazem as diferenças parecerem insignificantes, e as justificativas os tornam ainda mais diabólicos.
Mas Deus sempre levantou e levantará homens (como Athanásio, que combateu Ário), os quais estão dispostos a defender a fé com a vida, se preciso for (Athanásio foi exilado pelos imperadores romanos por cinco vezes, exatamente por não aceitar um "acordo de paz" com os arianos).

Jorge Fernandes Isah disse...

Outros pontos:
- Os falsos mestres são sempre movidos e motivados pelas concupiscências: anseio pelos prazeres carnais; cobiça por dinheiro e bens materiais; ou o desejo obstinado pelo poder. Invariavelmente, os falsos mestres são incapazes de controlar, de dominar a carne. Contudo, as trevas jamais ganharão a guerra contra a verdade.
- Deus cumprirá a sua vontade a despeito do esforço e empenho dos falsos mestres, pois os eternos e soberanos propósitos de Deus não podem ser frustrados, e em Seus planos incluí-se a eterna condenação dos heréticos e falsos mestres, os quais foram programados e preparados de antemão por Deus por toda a eternidade.
- A verdade é a arma para se atacar e combater uma mentira, e ao fazê-lo, realizamos a obra de Deus. Não se enfretam falsas doutrinas com luva de pelica, disse MacArthur Jr.; nem se abranda a verdade com a dubiedade e omissão: o alerta aos falsos mestres e suas heresias têm de ser em alto e bom som.

Jorge Fernandes Isah disse...

O livro é uma exortação de MacArthur para que a Igreja lute contra o pecado, o nominalismo, e aqueles que atacam o senhorio de Cristo e Sua autoridade; contra a igreja de incrédulos, a qual inclui o diabo e o pecado, excluindo Cristo e o Seu Evangelho.
E a solidez do Evangelho anda a dar lugar ao pântano do relativismo e da descrença; e esse é o objetivo dos pós-modernos: manter as pessoas nas trevas, assim como os teólogos e religiosos relativistas estão.
O ceticismo engloba tudo: Cristo, o Evangelho, a salvação, a Igreja, a santidade... ao diluirem a Palavra de Deus a fim de torná-la mais "aceitável" aos descrentes (muitos falsos mestres não se turvam a "reescrevê-la" ao bel prazer dos seus corações corrompidos), os líderes pós-modernos buscam a aprovação dos homens ao invés de Deus, negando ao nosso Senhor, anulando a autoridade da Bíblia na igreja, tornando-a o mais agradável possível ao mundo.
Portanto, "A Guerra Pela Verdade" é um livro fundamental para quem quer entender os desvios que mantém o homem natural afastado de Deus; o estímulo para não contemporizarmos com o pecado e a dissolução, com as heresias e falsos mestres, com o nominalismo e a teologia antropocêntrica; e, lutarmos pela Verdade, a qual é exclusivamente uma: Jesus Cristo e o Seu Evangelho.
Leitura altamente recomendável.

Jorge Fernandes Isah disse...

O pr. John escreveu, ao final do livro, um apêndice sobre o discernimento nos tempos atuais. É uma reflexão em que são apontados os erros comumentes cometidos pelos crentes, afastando-se da Verdade, a Palavra de Deus, e percorrendo os "atalhos" que os levarão à perdição, ao engano e à apostasia.
Em tom pastoral, piedoso, e exortativo, MacArthur revela-nos como manter a mente e os olhos fixados na Rocha, Cristo nosso Senhor.
Para aqueles que desejam iniciar a leitura do pr. John, sugiro o livro "Com Vergonha do Evangelho" da Ed. Fiel, e, em seguida, a leitura deste "A Guerra Pela Verdade", tão poderosamente usado por Deus para nos exortar a trilhar os caminhos traços pelo nosso Senhor.

Anônimo disse...

Marcos Antonio Vieira da Silva:
Graça e Paz, recebi o exemplar do livro hoje, 29/09/2009, o livro é novo, com direito a dedicatória do Jorge Fernandes, estou muito feliz por ter sido abençoado com esse exemplar, é um livro que principalmente os jovens compometidos com a palavra deveriam se dedicar a leitura do mesmo.
Obrigado Jorge, Que Deus continue o abençoando em seu ministério.

Após a leitura, classificarei os livros assim:
Péssimo [0] Ruim [*] Regular [**] Bom [***] Muito Bom [****] Excelente [*****]