R. K. McGregor Wright
Editora Cultura Cristã
256 páginas
"... o melhor livro sobre o assunto disponível em português." [Felipe Sabino -
Sítio Monergismo]
Sítio Monergismo]
“... um Deus limitado pela autonomia humana não é capaz de satisfazer as necessidades de um mundo perdido.”[Dr. Alan Myatt - Seminário Batista do Sul - RJ]
“ Wright procede a uma demolição meticulosa da interpretação arminiana dos textos usados para apoiar o livre arbítrio.” [Dr. Augustus Nicodemus Lopes - Chanceler da Universidade Presbiteriana Mackenzie – SP]
“ A melhor declaração contemporânea do pensamento reformado sobre essas questões.”[Dr. Ronald Nash - Reformed Theological Seminary]
R. K. McGregor Wright (Th.M., Trinity Evangelical Divinity School; Ph.D., Denver University/Iliff School of Theology), juntamente com sua esposa, Julia Ann Castle, dirige o centro de estudos Casa Priscila e Áquila, em Lakewood, Colorado, EUA.
Leia os comentários à primeira leitura AQUI
24 comentários:
Por que reler "A Soberania Banida"?
1- Grandes livros devem ser lidos e relidos.
2- A Soberania Banida é um grande livro, cujo tema é pouco divulgado e cujo material é escasso em português [Há de se ressaltar o esforço da Editora Monergismo em publicar obras sobre o assunto, em especial, as de Vincente Cheung].
3- Quando li a Soberania Banida, há dois anos, aproximadamente, ainda caminhava meio que titubeante pelo Calvinismo, pois até pouco tempo antes da primeira leitura, era um amyraldiano sem saber, crendo ser calvinista.
Então, provavelmente, muito do que li ficou perdido por minha visão limitada da doutrina bíblica da eleição.
4- Queria, e quero, avaliar o pensamento do Wright com o do Cheung, e ver até que ponto eles são semelhantes ou conflitantes.
5- É a oportunidade de detalhar melhor aqui no blog o livro, o que não pude fazer na primeira leitura [o livro estava fora de catálogo, e peguei-o emprestado; fiz uma leitura rápida, para não "prender" muito o exemplar].
O que fiz foi uma pequena resenha.
Acho que este título merece mais, e oro para que Deus me capacite a analisá-lo pormenorizadamente, sem contudo, tirar o desejo de quem porventura venha a lê-lo. Ou seja, sem ser explícito demais, e acabar por revelar mais da leitura do que devia.
Que Deus me abençoe nessa empreitada.
No primeiro capítulo, Wright faz um apanhado de como surgiu e começou [a partir dos registros históricos] a controvérsia entre a graça soberana de Deus e o mito do livre-arbítrio humano.
Passeando por sistemas filosóficos que remotam à Grécia Antiga [Sócrates, Platão e Aristóteles, especialmente], o autor revela uma disputa persistente entre a possibilidade de se ter uma vontade livre e capaz de decidir livremente, e ações predeterminadas pelo Deus soberano.
Iniciando com os Pais apóstólicos, ele descreve sistemas teólogicos como o de Pelágio [e sua disputa com Agostinho], Gottschalk [um dos primeiros a defender a dupla predestinação], o humanismo, a reforma, etc.
Em relação ao Agostianismo, é interessante notar que Agostinho foi o "pai" tanto da reforma protestante [através da doutrina da graça], como do sacramentalismo católicos[ao inferir que os sacramentos eram o mecanismo pelo qual a graça se manifestava, uma forma do homem manter-se perseverante na fé, e que retirava parte da graça divina transferindo-a ao homem]*.
Ao passo que a graça de Deus é soberana na salvação do eleito, esse mesmo eleito terá de perseverar, através dos sacramentos [batismo, ceia ou comunhão, etc], a fim de garantir aquilo que Deus lhe deu gratuitamente. É um sistema conflituoso e contraditório, no qual não há graça suficiente e, em contrapartida, há esforço e justiça por obras insuficientes.
Em relação ao arminianismo, o que de mais relevante há de se dizer [além de sua posição nitidamente antibíblica] é de que ele foi uma espécie de irmão "univitelino" tanto do Iluminismo como do Racionalismo, culminando no liberalismo cristão e um cem número de apostasias e heresias, após a união da tríade do Mal.
Entre outras coisas, gerou o Universalismo, o Unitarismo [ao penderem vergonhosamente para o Arianismo], o reavivalismo de Finney e seu abominável evangelismo de resultados, pragmático, sentimentalóide, e avesso à doutrina.
Ao final do último capítulo,
Wright esboça 5 razões para não se aderir à teoria do livre-arbítrio a partir das 5 máximas dos livre-arbitristas.
Ao final de cada capítulo há uma lista de leitura adicional, infelizmente, em sua esmagadora maioria, não disponível em português.
*Ironicamente, foi o sacramentalismo católico que levou Lutero a "descobrir" a salvação somente pela graça divina, e pretender uma reforma no catolicismo, que acabou por bani-lo do cristianismo oficial da época, e a se tornar o principal líder do movimento protestante.
O cap. 2 trata da "Incoerência da Teoria do Livre-Arbítrio". Vamos aos pontos chaves abordados por Wright:
1)Primeiro, a definição de alguns termos:
a)Livre-arbítrio - crença de que a vontade humana tem um poder inerente de escolha com a mesma facilidade entre alternativas. Ou seja, o poder de escolha contrária ou a liberdade da indiferença. A vontade é livre de qualquer causação necessária.
b)Autonomia - qualidade da vontade ou do intelecto que o capacita a funcionar a favor ou contra qualquer curso particular de ação, por meio disso exibindo uma capacidade inata.
2)A idéia do livre-arbítrio é de que dele depende a responsabilidade humana. Porém, quando se questiona a origem dessa responsabilidade, tem-se como argumento que ela procede do livre-arbítrio. Está-se formado o argumento circular.
3)Para o arminiano, Deus não atropela o L.A., logo, a vontade humana não tem causação externa. Desta forma, estão asseguradas a integridade humana e a responsabilidade.
4)A vontade se automove em resposta ao que a mente conhece, e pode causar tanto a ação em resposta às influências como resisti-las. O que me leva à pergunta: se o conhecimento intelectual (aqui incluidas a moral e a ética) será o ponto de partida, o príncipio avaliativo da vontade, como a vontade será livre? Esse conhecimento sempre virá de uma fonte externa, e, provavelmente, virá como um argumento verdadeiro ou falacioso. Se o conhecimento for corrompido, manipulado ou integral, quais são as bases para que ele seja correto? Será possível eu ter esse conhecimento inato, do que é certo e errado, sem qualquer influência externa? E a vontade não poderá ser "induzida" pelo conhecimento adulterado? Ainda que esse conhecimento seja bíblico, no sentido das informações corretas, o intelecto pode não processá-las legitimamente, e induzir a vontade a uma escolha errada.
Para que o homem pudesse escolher "neutramente", seria necessário que não tivesse nenhum conhecimento, que sua mente fosse vazia, um ponto morto, mas aí, como a vontade poderia se decidir, sem nenhuma base? Na sorte, deixando a cargo do acaso, seria a opção.
Visto que a liberdade espontânea do L.A. somente poderá nos remeter ao acaso. Mas, e como seríamos responsáveis, já que não exercemos nenhuma influência causal na decisão?
5)Portanto, a teoria do L.A. destrói a responsabilidade em vez de apoiá-la.
Como posso ser responsabilizado por ações surgidas de um L.A. que, pelo fato de ele ser livre, não está também sob o meu controle? (visto não estar sob o controle divino também, ao ver do arminiano).
6)Se um argumento pode levar a vontade a se decidir, onde está a neutralidade moral? O argumento causou a escolha. A própria Bíblia deveria ser desconsiderada pelo "livrearbitrista", visto ser ela a fonte da Lei Moral, a qual estabelece o significado de bem e mal, e levá-nos a compreensão do que é a santidade e o pecado. Ela nos influenciará decididamente na escolha entre o que é santo e o que pecaminoso. Logo, onde está a neutralidade? E fica a pergunta: Deus é neutro? As Escrituras são neutras? O mundo é neutro? Em qual aspecto da vida, seja eterna ou temporal, se percebe neutralidade moral? Ou se está sob a influência do bem, ou sob a influência do mal. Não existe nada que seja moralmente neutro, que pratique atos neutros (sem efeito algum). Logo, é ilógico se dizer que a vontade humana seja neutra, visto sê-la influenciada por Deus ou satanás. Senão, porque Isaías e Paulo diriam que todos pecaram (todos!) e destituídos estão da glória de Deus? Se todos pecaram, somos todos pecadores, a nossa vontade está corrompida, deteriorada, sob a influência do pecado, e sem a menor possibilidade de ser neutra, e poder escolher o bem. Para que o arminiano não concorde com isso, ele terá de rejeitar a Bíblia como a palavra inspirada de Deus.
A questão não é se podemos escolher, mas como e de que forma escolhemos. E se somos pecadores, a nossa escolha será sempre na direção do pecado.
A vontade humana é livre em qual sentido? Por exemplo, um hindu que nasceu no hinduísmo e cuja família se submete ao regime de castas, e crê na divindade de um insento, qual seria a sua capacidade natural de não escolher adorar ao inseto? Para que isso acontecesse, ele teria de ser confrontado pela verdade, e reconhecer que tanto o sistema de castas como a adoração ao inseto é uma tolice, uma mentira que o quer manter escravizado na ignorância de Deus.
Se ele não for confrotado pela verdade (e a verdade é externa), ele jamais se livrará da mentira. Por que a mentira é o que ele tem por verdade, transmitida por sua família e clã (externamente) e o influenciará a sempre pensar nos seus pressupostos como verdadeiros.
Onde está a neutralidade para que ele pudesse escolher? Essa neutralidade teria que, no mínimo, ser onisciente e conhecer tudo, mesmo antes dele ser confrontado pela cosmovisão cristã. Como nenhum ser humano é onisciente, e apenas Deus o é, o livre-arbítrio não pode levar jamais o homem a uma escolha neutra, sem influências ou antecedentes, sem que haja qualquer pressuposição.
Para que a escolha fosse neutra, era preciso que não houvesse o sentido de bem ou mal (a Lei Moral). O hindu, sobre a influência do hinduísmo entenderá o mal como o bem, e o bem como o mal. Por si só ele jamais poderá compreender e entender (interiormente) o significado verdadeiro e real do que é bem e mal a fim de escolher entre um e outro.
O livre-arbítrio em si mesmo não detém nem o bem nem o mal, como algo neutro, manteria o indivíduo numa posição de não-escolha, de não-vontade, onde ele permaneceria num ponto vago, numa posição sem solução, incapaz de se definir, porque nada lhe é indentificado.
A afirmação, "se nós não temos o livre-arbítrio, não podemos ser responsáveis pelas nossas ações", é verdadeira? Em qual sentido? Quem a provou como verdade? E uma pergunta muito mais explícita ainda: à luz das Escrituras, qual a relação entre responsabilidade e liberdade? Onde elas aparecem, e onde estão especificadas a sua analogia?
São perguntas que o arminiano não se dispõe a responder. Para ele, basta estabelecer o axioma, e pronto! Provar, para quê?
Para piorar a situação, a maioria dos calvinistas vê uma "tensão" entre soberania de Deus e responsabilidade. Para eles, as duas coisas caminham paralelas, como dois competidores, lado a lado, sem se saber qual vencerá a prova, porque nem mesmo se sabe onde fica a linha de chegada.
Explicam-na como um paradoxo, um mistério, e não buscam na Escritura a confirmação de que se trata mesmo de um mistério. Apenas assumem como tal, numa espécie de preguiça mental e espiritual.
A idéia muitas vezes é a de se preservar Deus da autoria do mal e do pecado, ou de não fazer do homem um mero joguete ou fantoche nas mãos divinas. Mas o certo é que, antes de rebaixar o homem e preservar Deus, o que a não-explicação, ou o desinteresse em se aprofundar na questão, leva à exaltação do homem e ao rebaixamento de Deus.
O mais interessante é que a Bíblia não trata a questão da soberania de Deus e da responsabilidade humana como um conflito. O texto bíblico expoem-nas harmoniosamente, sem a necessidade de se recorrer a nenhum subterfúgio ou "válvula de escape" para fugir da questão.
Ainda que a dúvida seja honesta, "para o cristão que crê na Bíblia, em nenhum lugar na Bíblia a responsabilidade está vinculada ao livre-arbítrio. Ela nunca usa o livre-arbítrio como uma categoria de explicação, nem uma só vez sequer" (pg 59).
Ainda que o livro esteja em seu início, parece-me que a interpretação de Wright sobre a relação entre soberania de Deus e liberdade se aproximará ou conciliará com a de Cheung (com a qual concordo plenamente). Da mesma forma que este, aquele tem como único livro que explica categorica e eficientemente a questão do ponto de vista bíblico, "Religion, Reason and Revelation", do Gordon Clarke.
A Bíblia diz que somos responsáveis (o que vale dizer que teremos de prestar contas a Deus por nossos atos) em quatro pontos:
1) Responsabilidade ontológica - Porque Deus é o Criador e nós as criaturas. Ele, como o Oleiro e Soberano, tem a prerrogativa de chamar a sua criação para responder diante dEle a qualquer momento.
2)Responsabilidade ética - Se entendi bem, Wright afirma que Deus é o ponto de referência moral para o que é certo e o errado. Isso acarreta o nosso reconhecimento de Deus como santo. E o padrão moral divino é tanto o padrão para Ele mesmo como para nós.
Bem, vejo a questão assim: Deus é o criador de todas as coisas. Não há ninguém ou nada superior a Ele, logo, não está submetido ao julgamento de outrem, e não pode ser julgado por ninguém. Como Ele é o padrão máximo de tudo, é Ele quem define o que é e como é. Deus é santo, porque assim Ele se define. Mas Ele não está sujeito à Lei Moral, como um limitador ou pela qual Ele será jugaldo. Lembremo-nos de que a Lei Moral é o "aio" pelo qual o pecador será julgado.
Contudo, ela está no nível das criaturas, abaixo de Deus, como algo pelo qual Ele julgará as suas criaturas.
Assim, Deus não está sujeito à Lei Moral, nem pode ser julgado por ela, nem tem de se sujeitar a ela. Como nós, a Lei Moral é criação divina para agir como padrão para as criaturas, não para Si próprio.
Por isso, Deus mata e não peca. Por isso, Deus odeia e não peca. Por isso, Deus lança o mal sobre a criação e não peca. O Seu padrão é maior do que a Lei Moral, ou do que qualquer outra coisa no universo.
Por não estar sujeito à Lei, Deus não peca, nem é julgado. Logo, é santo e justo.
3) Responsabilidade epistemológica - Somos responsáveis pelo conhecimento inerente que temos de Deus, o qual o colocou em nossos corações. Seremos julgados conforme a luz que temos (Rm 2.12-16).
4) Responsabilidade teleológica - Somos responsáveis porque o propósito da criação é a glória de Deus. Como mordomos seremos cobrados pela forma como cuidamos e cumprimos os propósitos de Deus para a sua criação.
Wright afirma que Deus ama a Sua criação. A qual não tenho convicção, no sentido de que, não creio que Deus ame a tudo o que criou. Creio que tanto satanás, como os anjos caídos, e os réprobos não são alvos do amor de Deus, mas da Sua abominação ou ódio.
Não se vê nenhuma referência ao livre-arbítrio, antes o homem é responsável diante de Deus como reflexo da sua relação com Ele como Criador e Senhor. É dEle que se origina o significado moral, como o que dá propósito e direção últimos à sua criação.
Uma pergunta que dificulta sobremaneira a vida do arminiano: eles crêem, como C.S.Lewis, que Deus, estando fora do tempo, "simplesmente veria os acontecimento coincidindo com o caminho e feito a predição com base na sua presciência, do modo como teríamos presciência de como um filme termina por ver o 'trailer' do filme". Mas quem criou esse "futuro" que Deus é capaz de ver antecipadamente? Se Deus apenas vê, e traça os Seus desígnios e propósitos a partir do que vê, como esse futuro se processa? Quem o criou e ordenou?
A evidência arminiana é de que há outra "força" no universo capaz de criar esse futuro, seja o acaso ou outra qualquer.
Se porém, o conhecimento de Deus é algo incerto, de algo que pode acontecer possivelmente, ele é um conhecimento de múltiplas possibilidades abstratas, não de acontecimentos reais. Como Deus poderia estabelecer algo com base num conhecimento incerto de um futuro não acontecido ainda? Ou seja, Deus pode ter o conhecimento certo de um futuro incerto? A derivação desse tipo de argumento levará invariavelmente à "retirada" da soberania de Deus, tal qual os proponentes da teologia do processo, do teísmo-aberto, dos socinianos, concluiram a partir da não intervenção de Deus na história a fim de preservar o livre-arbítrio.
Contudo, se for um conhecimento certo, Deus tomará as decisões necessárias para que a sua predição aconteça infalivelmente.
Portanto, se o homem crê no livre-arbítrio, ele há de considerar a não existência de Deus, porque acreditar na autonomia implicará na exclusão da idéia de Deus.
Para Wright, no que concordo, só há duas religiões: a divina e a humanista. Uma se contrapõe à outra; infelizmente, alguns crentes e denominações cristãs têm se apegado a parte da verdade e não à sua totalidade, unindo-a ao paganismo e ao sincretismo para construir uma cosmovisão demoníaca e anticristã.
Elas partem do princípio de que o mundo tem e pode ser entendido a partir dele mesmo, e de que não é necessário um Deus para explicá-lo.
O objetivo é um só: através da ontologia, da epistemologia, da ética e da teleologia criar-se um conjunto uniforme que se oponha ao cristianismo ortodoxo; operando a partir do ponto de vista relativista, pragmático e imanentista, colocando o homem como o ser supremo, o centro do universo.
Desta forma, a religião humanista (e nela está contido o arminianismo) subverte algo do cristianismo para moldar a idéia de que todas a concepções são legítimas, de que todos os caminhos são aceitáveis, vistos que eles ensinam e se preocupam apenas com o bem-estar do homem; então, a cosmovisão que prega o estado de depravação e iniquidade do mesmo homem tem de ser combatida a fim de se resguardar a integridade humana.
Logo, não há lugar para a ortodoxia cristã, nem para Deus como o ser supremo, justo e santo, que irá julgar esse mesmo homem. Por isso, entre nós, criou-se a imagem de um deus paspalhão, um sentimentalóide tosco e tolo, que acaba por se sujeitar ao padrão estabelecido pelo homem e que o próprio homem desconhece quais serão as suas consequências. Esse deus não é reconhecido na Escritura, nem em momento algum é visto ou descrito por ela; por isso, a necessidade de, primeiro, relativizar e desqualificar o texto bíblico como a fiel palavra de Deus; colocando-a somente como mais um manual ético-moral entre tantos outros criados pela mente humana. Inclui-se então a destruição de qualquer aspecto sobrenatural e histórico em suas páginas.
Num mundo subjetivo, onde as "verdades" são mutáveis e adaptáveis à corrupção, qualquer defesa do cristianismo bíblico deve ser combatida. E o Estado, com a falsa premissa de ser laico, acaba por ser antireligioso, mas não o suficiente para impedir que "técnicas" religiosas se convertam em métodos "científicos" aplicados à satisfação humana. A prova está na aceitação pacífica da yoga, da acupultura, e da ecologia (o culto secular da deusa "Gaia") como o padrão aceitável de espiritualidade humana.
Assim, todas as formas que possam se fundir ao humanismo são aceitas, exceto o Cristianismo Bíblico, ortodoxo e histórico, o qual não é antropocêntrico, mas teocêntrico; e por isso, deve ser destruído.
Wright demole, ponto a ponto, os argumentos arminianos, os quais são provados inconsistentes e falsos, cujos princípios reguladores são a autonomia e a vontade humana, capaz inclusive de se sobrepor à vontade e liberdade divinas.
Para eles é possível Deus ser Todo-Poderoso, soberano, controlar todas as coisas e ainda assim o homem ser livre e possibilitado de ter em suas mãos as decisões de maneira independente.
Nesse quadro, onde fica a graça salvadora de Deus? Se é pela graça que somos salvos, seria possível ela estar sujeita ao livre-arbítrio humano? E como esse suposto livre-arbítrio se relacionaria com a natureza pecaminosa e a Queda? Estaria ele dissociado delas? Ao ver do arminiano, isso é possível, porém, ilógico e insustentável.
Seria estabelecer a condição do homem interferir nos negócios divinos, uma forma de enfraquecer a Deus ou de torná-lo subserviente às suas criaturas.
Logo, qualquer tentativa do arminiano de preservar a soberania divina e o livre-arbítrio é impossível. Ou Deus é soberano e o homem não é livre, ou Deus não é soberano e o homem é livre.
A conclusão que se tem é a seguinte:
1)Deus é soberano e o homem não é livre. É um princípio bíblico claramente exposto, o qual glorifica a Deus e coloca o homem em seu devido lugar de criatura e não de senhor.
2)Deus não é soberano e o homem é livre. Nitidamente é um conceito antibíblico, extrabíblico, jamais encontrado na Escritura; que "desglorifica" a Deus e coloca a criatura no lugar de senhor.
A conseqüência dessa idéia nefasta foi, a médio e longo prazos, a proliferação de heresias e apostasia. Nenhuma seita ou doutrina herética partiu do princípio da soberania de Deus e da não liberdade do homem, mas todas, sem exceção, partiram do conceito do enfraquecimento da soberania de Deus e do suposto poder humano. Sejam católicos, T.Js., Mórmons, Adventistas, neo-pentecostais, proponentes da Teologia do Processo ou da Teologia Relacional, etc, todos se firmaram na glorificação do homem, em sua colocação no posto de centro do universo, cuja fonte é o humanismo-racionalista.
O autor faz um apanhado do movimento Remonstrante oriundo de Arminius; do Sínodo de Dort; dos cinco pontos do Calvinismo promulgados por Dort: Depravação Total, Eleição Incondicional, Expiação Limitada, Graça Irresistível e Perseverança dos Santos; expondo-os clara e detidamente (sem ser exautivo) capítulo por capítulo, revelando a total e completa incapacidade humana de "escolher" a salvação ou não, e, provando, biblicamente, a suficiente soberania de Deus para predestinar e escolher quem será salvo ou não, conforme a Sua vontade.
Em quase todos os aspectos o pensamento de Wright está em acordo com o de Cheung, o que o torna em um calvinista, no sentido pleno da palavra (ainda não li a expressão antinomia, paradoxo ou mistério no livro, para a explicação de algum princípio bíblico que não se queira baseá-lo biblicamente, a fim de não causar "mal-estar" entre os fiéis. Normalmente paradoxo ou mistério é utilizado para respaldar algum conceito humanista e enfraquecer ou desqualificar um princípio bíblico), a não ser no caso especifício da "graça comum", a qual Wright parece acreditar assim como a maioria dos calvinistas, mesmo que não tenha entrado detalhadamente na questão.
Outro ponto que difere Wright de Cheung (ao meu ver) é a relação soberania de Deus x responsabilidade humana, na qual Wright não relaciona-a com o livre-arbítrio (no que está de acordo com Cheung), mas com o conhecimento inato que o homem tem de Deus. Essa me parece uma solução problemática, porque nos levará a pensar que o conhecimento inato de Deus é suficiente para salvar o homem, mas esse conhecimento não tem embutido em seu escopo a obra salvítica de Cristo, que é revelado especialmente na Escritura.
A posição de Cheung é, ao meu ver, reconhecidamente bíblica, pois relaciona a responsabilidade humana não com o conhecimento inato do homem, mas com a autoridade divina de condenar e punir o homem que transgride a Sua lei (no caso, o pecador).
Este conceito está muito mais relacionado e intríseco à expiação e justificação do que o de Wright.
No mais, o livro é um excelente tratado sobre a soberania divina x livre-arbítrio, e os argumentos e princípios bíblicos são completamente reveladores de que Deus é 100% soberano e o homem não é livre para fazer escolhas autônomas, aparte de Deus, como se fosse possível esse homem ser, de alguma forma, livre de Deus. Nada no universo é livre de Deus; portanto, o homem é livre apenas para pecar.
Um capítulo deveras interessante é o que Wright destina a analise dos supostos "versículos arminianos" na Bíblia.
Escolhendo os comumentes usados pelos arminianos para defender suas posições, o autor, partindo-se do fato de que a Bíblia não tem contradições, e de que, portanto, não poderia afirmar um sistema e o outro, ou propor uma simbiose entre eles, o que chamou de "calminianismo", assegura que o versículo em si pode não ensinar qualquer doutrina distintivamente calvinista, mas o ponto a ser estabelecido é que os arminianos não têm qualquer base para citá-los em seu favor.
Desta forma, provado que os supostos "versículos arminianos" não ensinam o arminianismo, livres de preconceito, poderiam explorar a possibilidade de realmente haver versículos na Bíblia que tornam inevitável o conceito calvinista da salvação.
Os versículos são agrupos tematicamente:
1) Sobre o livre-arbítrio;
2) O termo vontade;
3) Escolhas humanas;
4) Ordens;
5) Convites;
6) A utilização do termo "livre-arbítrio" em algumas versões da Bíblia;
7) E, mais detidamente, nos únicos dois versículos "obviamente arminianos", os quais Wright demonstra não haver nada de arminianismo neles.
Por fim, há a indicação do livro de John Owen "The Death of Death in the Death of Christ", publicado pela Bnner of Truth, e disponível no Brasil resumidamente com o título "Por Quem Cristo Morreu?", publicado pela Editora Pes.
Qualquer arminiano que ler esse capítulo em especial (desde que não se endureça a ponto de não ver a verdade bíblica, apegando-se tolamente à mentira) se certificará da fraqueza e verá desmoronar a sua interpretação quanto ao "arminianismo bíblico".
Ele até poderá não aceitar a doutrina calvinista da salvação, mas não haverá como continuar proclamando a teoria antibíblica do arminianismo e o seu mote principal: o livre-arbítrio.
Creio que, por isso, muitos decidem "fugir" de livros tão reveladores como "A Soberania Banida".
Meu amado ,Paz.Verdadeiramente este blog é um achado,fucei tanto a internet a procura de um blog a respeito de resenha de livros que até cansei,no entanto minha pesquisa não foi em vão,finalmente.O bom, que são livros relevantes esses que você está lendo,legal.
Carlos,
obrigado por sua visita. Será um prazer ouvir também seus comentários.
Abraços.
Cristo o abençoe!
As mentes mais, digamos, sensíveis (e muitas vezes a "sensibilidade" é medo, inseguraça e ignorãncia, resultando na falta de fé) não gostarão do que irei dizer, exatamente contra o que McGregor Wright não afirma: "Deus é o autor do mal!".
Senão, vejamos:
1) Se Deus não é o autor do mal, quem é?
2) Há outra força no universo capaz de criar algo tão poderoso, além de Deus?
3) Se o universo foi criado sem o mal, sem o menor vestígio dele, como foi possível a nós, criaturas (aqui incluo satanás e os anjos caídos), praticá-lo ou mesmo idealizá-lo?
4) Estaria o mal fora do decreto de Deus? E, se estiver, ao menos intelectualmente, não é Deus o seu criador?
5) Afirmar como Calvino que Deus não criou o mal, mas o permitiu, em que exclui o Senhor da criação?
Qualquer a diferença prática em criar e permitir? A idéia não é a de diminuir Deus, tornando-o mero permissor de algo alheio a sua vontade?
6) Mas há alguma coisa no universo alheio à Sua vontade? Mesmo o mal?
7) E as inúmeras afirmações bíblicas de que Deus criou o mal?
R.K., após uma extensa, profícua e bíblica exposição da soberania de Deus no livro (acaba jogando por terra toda e qualquer possibilidade do arminianismo ser bíblico, antes, não passando de corrupção da mente humana), ao relacionar responsabilidade com a soberania divina e não com a "liberdade" do homem (o autonomismo e suas variantes), me sai com afirmação: "Deus não é o autor do pecado. Isso é assim, primeiro, porque Deus não viola a vontade humana, forçando as pessoas a pecar contra ela, e segundo, porque as causas secundárias que dão surgimento ao pecado são asseguradas em suas operações pelo mesmo "sábio e santo conselho" que assim ordena" (pg 206).
Parece-me que R.K. chutou, assim como a vaca, o balde com 60 litros de leite.
Sua afirmação é, no mínimo, dúbia e conflitante. Se Deus é totalmente soberano, e, tudo, sem exceção, ocorre segundo a Sua boa vontade, como, ainda que implicitamente, as criaturas são livres para escolher o que fazer? Como a vontade humana é livre de Deus? Ao ponto em que Ele não interfere nelas?
Estranha-me a sua afirmação pois, em todo o restante do livro o que se vê é exatamente o contrário, Deus como Aquele que preordena e determina todas as coisas, sejam boas e más, segundo a Sua vontade.
Creio que Wright sentiu-se meio que "obrigado" ou constrangido a abrir um adendo no livro, como uma resposta a todos os que concordam com a C.F.W., mesmo que discordando.
É contraditório, mas aceitável, ainda que seja uma certa "concessão" desnecessária.
O grande problema é que muitos calvinistas, a maioria, se apegam aos resquícios humanistas para legitimar a responsabilidade humana: a necessidade de algum tipo de liberdade, do homem não ser coagido, e ser de certa forma, independente em relação a Deus.
Alegarão que o homem age segundo a sua natureza, e é livre para agir segundo ela, mas, quem lhe deu essa natureza? Acaso foi uma escolha que tivemos? Acaso foi satanás quem nos deu? Ou foi Deus quem decretou a queda do homem em Adão; e, por conseguinte, a todos termos, sem exceção, a natureza caída e pecaminosa? Assim como é Ele que, em sua misericórdia e graça, nos dá o novo-nascimento, somos regenerados e feitos a imagem do Seu Filho Amado?
Continua...
Continua...
Excluir Deus da criação do mal (e a própria Bíblia o afirma de capa a capa), implica em que Deus não é soberano, e disputa o "poder" com alguma outra força, visto Ele não ser capaz de eliminar o mal. Não digo não querer, porque até o não querer implicará no querer a existência do mal, mas o não conseguir, estar além das suas forças e poder exterminá-lo.
E, inevitalmente, se chegará a seguinte conclusão: Deus não é soberano; o universo não é preordenado; existe uma força antagônica a Deus, seja o acaso ou o diabo, e até mesmo, o homem... ou seria o mal autocriado?
Este é o grande dilema daqueles que se apegam ao humanismo e à falácia de que o Cristianismo não é verdadeiro se Deus é o criador do mal. Apenas mais uma pergunta: onde na escritura existe essa afirmação, de que o Cristianismo é falso se Deus for o criador do mal?
Jorge, tudo bem? Digo novamente: Que Deus continue iluminando o seu conhecimento a Seu respeito.
Muito boa a sua exposição sobre esse livro.
Ficaria frustrada com o final dEle. Entendo também como você, Deus é Soberano, é e ponto final. Jorge, eu também penso como você, mesmo antes de entender Deus como entendo hoje (na minha limitação), tenho buscado respostas para as dúvidas que tenho, entendo muitas vezes a fórmula, falta entender os detalhes.
Refiro-me à SoberaniaxResponsabilidade, entendia que o homem é responsável pelos seus atos, mas não aceitava a explicação do livre-arbítrio, havia a questão inquestionável da Soberania de Deus, então criava-se na minha mente o não entendimento que se Deus ordenava também o mal, o pecado, como responsabilizar o homem? Finalmente vejo a luz, te devo muito li várias coisas, mas entendi com você, aqui, valeu mesmo.
O Denes me falava que era por causa das Leis de Deus, mas não entendia, era lógico, ele me deu o resumo e você os detalhes. Alívio!
Você sabe como é, sai um peso do peito.
continua...
Quanto a questão do mal ser criado por Deus, não tenho crises, se Ele criou tudo como pode não ter criado o mal?
Criou-se ele sozinho ou tem outro criador que não seja o Soberano?
Se Ele criou tudo, também o fez com o mal, e com certeza para os Seus propósitos serem executados como Ele determinou.
Em tudo que já li da Bíblia (falta muito ainda), vejo o mal como determinante nas situações que ele aparece, nos deixa exemplos do que não fazer, das consequências em fazê-lo, enfim é algo necessário para as coisas serem como são, por isso é que todas as coisas contribuem para o bem dos que amam a Deus.
Estou lendo para mim e para o Denes na medida que consigo e que posso, agradeço muito por tudo, na medida da necessidade gritarei, fique na paz de Cristo, irmão.
Grande abraço, Fernanda e Denes.
Fernanda e Denes,
meus amigos queridos!
Acho que pelo seu comentário, Fernanda, vocês já têm o conhecimento necessário [não exautivo, pois nenhum de nós terá] para ensinar qualquer um sobre a soberania de Deus. Como Pedro disse: sabem explicar a razão da vossa fé!
Seu comentário bem podia ser uma postagem, com certeza.
Obrigado minha irmã pelo elogio, mas apenas tento transmitir aquilo que recebi, seja diretamente pelo Espírito através da Escritura, seja por intermédio de outros irmãos usados pelo mesmo Espírito.
Se este livro do McGregor não fosse tão difícil de conseguir... parece que existe um comploo, e aqui em BH é raríssimo achar um exemplar. Mas se puderem, comprem-no.
É excelente!
Grande abraço, meus irmãos!
Cristo os abençoe imensamente!
PS: Vou-lhe mandar um email, acho que tenho como ajudá-los.
Caro Jorge, ainda meio atordoado com tudo o que li aqui, pois, venhamos e convenhamos, uma frase rápida, curta e simples, mas com o poder de uma tsunami aos incautos como eu. Deixa-me respirar e ir avaliando tudo aos pouquinhos.
1º) A Confissão de Fé de Westminster se encaixa naquilo que você disse sobre Agostinho ou, quando ela fala que "a graça significada nos sacramentos", é outra coisa. Enfim, a ceia, segundo CFW, é um meio de Graça na mesma linha de Agostinho? Fiquei em dúvida.
2º) "Deus é autor do mal", compreendi toda a sua argumentação. Mas eu lembro que outros gigantes da Fé preferiram não concretizar essa frase para dar espaço à humildade intelectual. Em outras palavras, dizer isso seria assumir uma responsabilidade muito grande e preferiram como que deixar um limbo, um espaço aberto, ainda que tudo (como você muito bem colocou) aponte para essa direção mesmo. Eu queria que você me explicasse melhor, se quiser, porque outros (Calvino, por exemplo) não foram às vias de fato, pararam antes. O que segurou esses teólogos e quais outros autores calvinistas têm concretizado junto contigo essa frase também. Mais uma coisa: o que chamam de hipercalvinismo não é isso? E quais os argumentos contrários a essa posição e como você os vê?
Estava procurando sobre um livro de teologia e o google acabou me trazendo para cá. Então, como cremos na Soberania, sei que você me dispensará sua atenção. Caso ache melhor escrever ao e-mail: fabioluribas@hotmail.com
Abraços sempre afetuosos.
Fábio.
Oi Jorge, vi seu recado lá no e-mail.
Bem, vamos lá:
Chamou minha atenção o fato daquela conversa sobre meio de graça e agostinho. A minha dúvida é se a ceia do senhor na CFW ficou com resquícios disso (1). Fui pesquisar lá na CFW e não vi nada sobre "meio de graça". Mas eu jurava que existia, pois já vi vários pastores se referirem à ceia como "meio de graça". Os que usam essa expressão estariam se referindo aquela idéia de que os sacramentos completam a graça? (2)
Agora, a razão mesmo de escrever é, obviamente, sobre o fato de Deus ser o autor do mal. Eu concordo contigo que tudo aponta para essa conclusão, mas o que eu gostaria de saber é porque outros gigantes da fé não ousaram dar esse passo? Veja, o próprio autor do livro que você tratou, na hora h, resolve freiar e não afirma o fato de Deus ser o autor do mal(3). Várias vezes eu ouvi que seria humildade intelectual não afirmar isso. É como se Deus tivesse criado um limbo, um vácuo teológico que na nossa pequenez deveríamos assumir. Você tem algum post ou estudo mais aprofundado no qual poderíamos ver ambas as idéias e seus argumentos e refutações? (3.1)
Outra: é isso que chamam de hiper-calvinismo, não é? (4)
Querido, Jorge, muito obrigado pela sua atenção.
Aguardo resposta.
Abraços sempre afetuosos.
Fábio,
Como a resposta ao seu comentário ficaria muito grande, parte dele eu tentei responder numa postagem no Kálamos: Decreto, o mal e hipercalvinismo [link: http://kalamo.blogspot.com/2011/05/decreto-o-mal-e-hipercalvinismo.html].
Dê uma chegada por lá, leia e se tiver alguma dúvida quanto ao que escrevi, é só perguntar.
Em relação à primeira parte do seu questionamento, sobre a questão dos sacramentos como meio de graça, o farei mais à frente.
Obrigado, e um grande abraço, meu irmão!
Cristo o abençoe!
Bom dia , concordo Jorge com tudo e quero muito conhecer o livro como faço para adquirir?
Ana, bom dia!
Este livro é publicado pela editora Cultura Cristã, e você pode adquiri-lo no site. Não sei se está em estoque. Tente no site estante virtual, também. Sei que circulou uma cópia em PDF na net, mas não pode dizer se está disponível. Se tiver dificuldades, entre em contato comigo, por email, que tentarei ajudá-la.
Um abraço.
Cristo a abençoe!
dosty@monergismo.com ou jorgefisah@gmail.com
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