A questão da infalibilidade bíblica descansa em última análise no caráter de Deus. Afirmamos a infalibilidade bíblica porque o Deus a quem a Bíblia revela não poderia falar senão infalivelmente, e porque a Bíblia na qual Deus é revelado afirma que Deus fala somente infalivelmente.
Os homens negam a infalibilidade bíblica, não por razões intelectuais, mas por razões éticas – eles estão em guerra com Deus. Os incrédulos violadores do pacto não negam a infalibilidade bíblica porque é difícil reconciliá-la com a “razão” ou com as descobertas do mundo moderno – eles negam a infalibilidade bíblica porque são rebeldes.
Da mesma forma, nós, os cristãos observadores do pacto, não afirmamos a infalibilidade bíblica porque podemos demonstrar que a Bíblia se conforma detalhadamente aos cânons da ciência moderna – antes, afirmamos a infalibilidade bíblica porque o Deus do universo não fala senão infalivelmente.
Esta obra crucial de Rousas John Rushdoony e P. Andrew Sandlin explora as implicações da infalibilidade e interpretação bíblicas a partir de uma perspectiva distintamente pressuposicional. Os autores estão convencidos que somente mediante uma recuperação da fé numa Bíblia infalível e através da obediência a cada um dos seus mandamentos os cristãos podem esperar vencer os males na igreja e na cultura de hoje.
Da mesma forma, nós, os cristãos observadores do pacto, não afirmamos a infalibilidade bíblica porque podemos demonstrar que a Bíblia se conforma detalhadamente aos cânons da ciência moderna – antes, afirmamos a infalibilidade bíblica porque o Deus do universo não fala senão infalivelmente.
Esta obra crucial de Rousas John Rushdoony e P. Andrew Sandlin explora as implicações da infalibilidade e interpretação bíblicas a partir de uma perspectiva distintamente pressuposicional. Os autores estão convencidos que somente mediante uma recuperação da fé numa Bíblia infalível e através da obediência a cada um dos seus mandamentos os cristãos podem esperar vencer os males na igreja e na cultura de hoje.
14 comentários:
O livro se divide em duas partes.
Na primeira seção o pr. Rousas Rushdoony trata da questão da infalibilidade da Escritura.
A leitura é agradável, pastoral e atrativa, além de ser bíblica, portanto, li-a numa sentada (aproximadamente 40 minutos).
O Autor intercambeia a crença na infalibilidade das Escrituras com a infalibilidade do Seu autor, o Deus bíblico; desta forma, quem não crê na suficiência da Bíblia como a palavra fidedigna de Deus, não crê na infabilidade e divinidade soberana de Deus.
Ele trata rapidamente da questão da inerrância; da Lei como válida para o Cristianismo assim como foi para Israel; e da Bíblia como revelação especial de Deus sobre as doutrinas essenciais do Cristianismo; como palavra infalível do Deus infalível.
Ainda há tempo para refutar conceitos tais como o racionalismo, o evolucionismo e o humanismo presentes não somente no mundo como em boa parte da igreja contemporânea, e teólogos como Bessa, Aquino, Barth, e, especialmente, Meredith G.Kline.
Ele entrelaça esses conceitos aos primórdios da Igreja Primitiva, contaminada àquela época pelas filosofias de Platão e Aristóteles (ainda que parcialmente), pelo aculturamento da época (o que não quer dizer que toda a igreja era apóstata, mas parte dela).
Texto simples, direto e que nos leva ao desejo de aprofundar-nos ainda mais no conhecimento único e verdadeiro do Senhor, através da Sua palavra fiel, santa e perfeita.
Uma correção:
Quando referi-me à explicação de Rushdoony sobre a Lei Moral (Mosaíca) prevalecente para o Cristianismo assim como o foi para Israel, ele não quis se referir ao caráter cerimonial e sacerdotal da Lei, muito menos, o caráter expiatório dela (ainda que essa seja outra discussão, tendo-se em vista que em Hebreus Paulo nos diz que o sangue de cordeiros e bodes não é capaz de expiar ninguém).
Portanto, o valor da Lei para os crentes refere-se ao valor moral, como Paulo disse também, a Lei é santa e perfeita, assim como santo e perfeito é o Senhor; e Cristo disse que não veio abolir a Lei, mas cumpri-la. Contudo, Paulo nos diz que ninguém pode ser salvo pela Lei. A Lei condena e revela-nos os pecados, apenas e tão somente. Cumpri-la não como forma de se salvar, mas porque já se foi salvo pelo sangue de Cristo na cruz.
A antinomia presente em muitos círculos cristãos atualmente, somente revela o caráter antibíblico e apóstata em que parte da igreja vive, entregue ao pecado.
Faz-se necessário essa ressalva para que não se conclua que Rushdoony defendeu a teonomia assim como Israel via a Lei como meio de salvação.
Vou te enviar um e-mail expondo minhas considerações.
A segunda seção trata especificamente da interpretação bíblica, escrita por P. Andrew Sandlin.
Após uma breve introdução e agradecimentos, Sandlin inicia o cap. 1 escrevendo sobre o fundamento da interpretação bíblica.
Então, decidi-me por transcrever alguns trechos das sub-seções deste capítulo em meio aos meus comentários, para que o leitor tenha a real compreensão da importância da interpretação no estudo bíblico.
1- O Fundamento da Int.Bíblica - "Uma vez deslocado o locus da interpretação bíblica da própria Bíblia para outra coisa ou pessoa, caímos num abismo interpretativo sem fim. Sustentar que a Bíblia é a fonte da sua própria interpretação não resolve todos os problemas teológicos, mas pelo menos limita-os ao nosso entendimento de um único livro" (pg 49).
2- Revelação e Interpretação - "O fato de a Bíblia ser a única fonte da sua interpretação, portanto, é simplesmente tão importante quanto o fato de ela ser a única fonte da revelação de Deus. Se a interpretamos incorretamente, ela não é mais a revelação, mas a diluíção, deformação ou perversão da revelação" (pg. 50).
3- Interpretação Eclesiástica - Falando da Igreja Católica que se considera a única capaz de interpretar as Escrituras, e da infalibilidade papal, o autor escreve: "O retrocesso é facilmente discernível: o que havia começado como a tentativa de se fornecer uma chave eclesiástica para a intrepretação bíblica à parte da Bíblia, degenerou na suposição que Jesus Cristo e seu "vigário" na terra têm autoridades equivalentes. A negação da Bíblia como a fonte exclusiva de sua interpretação leva, no final, à negação da Bíblia como a fonte exclusiva da revelação divina" (pg 52).
4- Interpretação Individual - O outro extremo é o da interpretação individual sem o mínimo de conhecimento exegético, como se tudo que viesse à cabeça do crente fosse oriundo do Espírito Santo. Por causa disso muitas bizarrices e distorções têm adentrado à igreja. Se de um lado temos a exclusividade da I.C.R. como única capaz de interpretar as Escrituras, por outro lado a interpretação sem o mínimo de conhecimento histórico e contextual do texto bíblico além da contribuição dos santos durante o curso da Igreja histórica, levará a conflitos e conclusões antibíblicos, que nada têm a ver com a mensagem divina.
Como Pedro nos diz, nenhuma profecia é de particular interpretação (2Pe 1.20),sendo assim, não podemos, simplesmente, adequar o texto bíblico aos nossos conceitos, mas buscar nele mesmo a autoexplicação, para que a mensagem não se perca em meio ao subjetivismo, e deixe o seu caráter objetivo, divinamente expresso.
5- O Papel Válido dos Mestres - Assim como o ensino de professores, pastores e mestres é um dom do Espírito Santo à igreja, o crente não pode prescindir do trabalho desses irmãos. Deus destinou-os exatamente para que a interpretação da Escritura não seja subjetivada e perca a sua aplicabilidade para toda a Igreja. É claro que ela tem o caráter individual, de transformar, salvar e santificar o indivíduo, mas a sua aplicação se dará no Corpo de Cristo, na igreja local, encarregada de aglutinar os santos e movê-los à obra de Deus na terra. Por isso, qualquer afirmação que leve em consideração o desprezo ao trabalho de mestres e pastores é uma assertiva antibíblica e, mais do que isso, diabólica.
Como Paulo disse, nem todos no Corpo têm a mesma função, e o Corpo deve ser unido no sentido de que os membros não vivam solitários, mas uns sustentando os outros.
A interpretação bíblica passa necessáriamente por ela mesma que se autointerpreta, e por aqueles homens cujos dons foram dados por Deus para auxiliar no entendimento da Sua revelação.
A partir do cap. 2, da seção 2, Sandlin passa a abordar mais detidamente a questão da infalibilidade e interpretação.
Interessante que, de uma forma geral, a maioria dos bibliólogos se baseiam na unidade do texto bíblico, em sua coerência e não-contradição doutrinária, e na sua historicidade para defini-la como a verdadeira palavra de Deus.
De uma forma inusitada, ainda que o autor não despreze nenhum desses conceitos acima, ele coloca a infalibilidade bíblica diretamente ligada à natureza, o ser de Deus, de tal maneira que, se o Deus que a escreveu não for o Deus revelado pela Escritura, a Bíblia não é infalível.
O oposto disso é a utilização de métodos falíveis, como o histórico-crítico, para definir a infalibilidade bíblica, o que ocasionará, fatalmente, na subversão e negação da autoridade da Escritura.
Logo, a infalibilidade não é uma idéia abstrata, a qual posso afirmar e ainda assim discordar de determinados trechos que não considero factíveis ou aplicáveis ao nosso tempo. Isso é contradição, que levará fatalmente à rejeição da infalibilidade.
Como Sandlin resumiu: "A infalibilidade bíblica, como toda outra doutrina, é fundamentalmente uma questão de fé, não de demonstração" (pg 61).
Sandlin não evoca a possibilidade dos exegetas discordarem ou se contraporem à infalibilidade bíblica. Mesmo sendo possível que isso aconteça, de exegetas chegarem a conclusões que não seja a infalibilidade do texto sagrado, o problema está na abordagem "científica", e no fato deles não se submeterem à voz de Deus falada nas Escrituras.
O próprio fato de se ter as Escrituras diante de nós é a prova de que elas são infalíveis, "e qualquer outra conclusão de uma, assim chamada, exegese 'objetiva' é categoricamente equivocada - e enganosa" (pg 61).
A imperfeição humana e o seu estado caído são provas da impossibilidade de se obter a "precisão científica" tão decantada e idolatrada pelos estudiosos, mas que no fundo, não passa de uma tentativa insignificante e frustrada de se "avaliar" a revelação especial, além de ser uma afronta a Deus.
O único padrão válido para a interpretação bíblica e seus aspectos históricos, éticos, artísticos, etc, é o da própria Bíblia, a qual é a voz do próprio Deus. Portanto, infalível.
Interessante que, alheio à metodologia humanista de se avaliar e colocar o texto bíblico à prova da razão e da ciência, o autor apresenta as pressuposições interpretativas como a base para a exegese, ao afirmar que nenhum estudioso interpreta as Escrituras sem pressuposições, e a afirmação de que existe uma "neutralidade" no estudo, não passa de uma grande farsa.
A questão é: ou se interpreta a Bíblia através das pressuposições sobrenaturais, ou a fazemos através das pressuposições racionalistas e liberais. Delas dependerá o caminho a ser tomado. O que significará que ou se utilizará de pressuposição interpretativa crente e ortodoxa, ou incrédula e liberal.
Na verdade, o que o autor está a dizer é que o incrédulo baseará o seu estudo a partir da incredulidade; enquanto o crente, baseará o seu estudo a partir da fé.
Defender uma isenção ou neutralidade é sempre uma forma de engano e de se autoenganar.
Isso não quer dizer porém que as nossas crenças se sobreporão à Bíblia, mas será sempre ela a avaliar se todas as nossas crenças estão, de fato, de acordo com ela.
Com o que o incrédulo e liberal jamais concordará.
Então, podemos dizer que a interpretação bíblica estará respaldada pela fé, que estará sustentada por suposições ortodoxas. Temos então, um círculo vicioso, certo? Segundo Sandlin, com quem concordo, não. Simplesmente porque assim como Deus pode ressuscitar um cadáver e soprar vida numa alma morta (o que os liberais terão uma infinidade de desculpas e justificativas, no mínimo, absurdas e estapafúrdias para não reconhecer a sobrenaturalidade bíblica), assim também ele pode transformar nossas pressuposições. E isso acontece na regeneração, no novo-nascimento, quando o Espírito Santo reorienta as pressuposições do homem em relação à Bíblia.
O homem caído está em rebeldia contra a palavra de Deus, após o novo-nascimento ele se sujeita a ela.
Ainda que o seu entendimento inicial seja limitado, e algumas das suas antigas pressuposições ainda permaneçam em alguns detalhes, à medida que a palavra for-lhe revelada, ele estará crescendo na graça, deixando de tomar leite para comer carne, amadurecendo-se, santificando-se, progredindo no entendimento da Bíblia e da Fé, que foi uma vez dada aos santos.
Assim, a tarefa interpretativa deve estar pautada por pressuposições teológicas (pressuposicionalismo), fundamentados na ortodoxia cristã, ao invés de se recriar novas orotodoxias a cada geração, que, na verdade, tem como único objetivo demolir a fé.
E apelar constantemente à Bíblia, "a Palavra santa e viva de Deus, que nos reorienta e que refina as nossas pressuposições e proporciona um entendimento cada vez maior da revelação escrita de Deus, dentro dos limites da ortodoxia cristã" (pg. 75).
Portanto, o método interpretativo levará, se bíblico, ao conhecimento da verdade; se extrabíblico ou não-bíblico, ao aprofundamento cada vez maior no engano.
Vejo que vc tem um acervo de leitura bem interessante.
Não quero sair fora(do foco)desse livro "Infalibilidade & Interpretação"tenho que compre-lo primeiro para dar minha opinião,mais gostaria de deixa minha mensagem se vc me permitir.
O interessante que seu comentário ao livro "O Laboratório dos Venenos" me fez compra-lo um exemplar e achei até barato de
R$39.99 por R$12.99 com frete no submarino.Uma observação.
Depois de 20 anos sem leitura comprei esse primeiro livro,hehehe como eu disse, não sou muito de ler.
Vejo que vc é um cristão aplicado e busca realmente como se basear em sua crença, não somente nas escrituras sagradas,mais como um todo.
Não posso dizer de mim, reconheço que sou um fracasso como Cristão Protestante, depois de uns 5 anos pra cá, ocupo minha mente com sites de pornografia, tentei de várias maneiras largar esse vicio,mais sem sucesso.Tenho que confessar. Se existe algo pior que as drogas eu acabo de encontrar e se chama Pornografia.Esse maldito conteúdo é sutil e de uma forma que vc só percebe tarde demais e está entrando em nossas lares como um simples clique.
Trabalho com informática e vejo que agora com a envolução da internet a pornografia se tornou o conteudo praticamente viavel a qualquer pessoa que estiver conectado,sem restrição.
Algo que antigamente que para assitir esse tipo de filmes tinha que se locomover, pagar em locadoras, hoje não precisamos mais, agora é facilmente entrar em "nossos lares".
Nunca na minha vida como Cristão causaria tamanha vergonha que estou causando para o Evangelho do Senhor Jesus.
Desculpe o desabafo amigo Fernandes e só queria alguém para desabafar e quando li o seus comentários sentir um "arrepiar" que me chamou a atenção.
Preciso ocupar minha mente com algo produtivo e vou analisar seus comentários aqui, preciso me chegar ao Meu único e verdadeiro Deus.
Me distenciei da graça e peço a Ele que me ajude a sair desse charco de Lordo que me encontro agora.
Mais uma vez me desculpe de usar seu espaço aqui para meu desabafo.
Que o Deus de Israel continue sempre inlumindo seus estudos.
Edson Souza
São Paulo-Capital
Edson,
Esse problema com a sexualidade não é exclusividade sua, mas acontece, infelizmente, com muitos irmãos.
Tenho conversado com alguns deles, e se você quiser, escreva-me no meu email que procurarei auxiliá-lo. Ao menos orarei para que Cristo o liberte desse vício.
Posso também indicar algumas leituras na net que poderá auxiliá-lo.
Porém, o principal é que todos os nossos pecados são cometidos por que o relacionamento que temos para com o nosso Senhor é negligenciado, no sentido de que, quanto mais vivemos nEle, e Ele em nós, menos espaço teremos para o pecado. Afinal, isso é a santificação, não é?
Se quiser, estou à sua disposição.
O meu email principal é dosty@monergismo.com
Cristo o abençoe!
Abraços.
No capítulo seguinte e nos apêndices, Sandlin trata da questão do Pacto e a Interpretação Bíblica, uma forma de interpretar a Escritura pactualmente, sem que o pacto seja apenas derivado da Bíblia, mas abordando a Bíblia tendo-se em vista o pacto.
Fica parecendo que a Bíblia está sujeita a Teologia do Pacto, e de que sua interpretação estará condicionada a ele, contudo, ainda que pareça um pensamento circular (e não o é), a T. Pacto é consequência do estudo sincero da Escritura, e, portanto, definirá também a correta interpretação de todos os assuntos abordados por ela.
Ao ponto em que sem a T. Pacto, compromete-se o entendimento correto da Escritura, e sem a Bíblia, não há T. Pacto.
Eles são intercambiáveis, irmãos siameses, sem os quais um não sobrevive sem o outro, a menos que não se busque a verdade, se enverede por caminhos tortuosos, e precinda-se da unidade escriturística em favor de uma interpretação fragmentada, e se apele para distorções e falsos entendimentos como a "Teologia da Substituição" que apregoa a substituição do A.T. pelo N.T, rejeitando-se a sua unidade.
Os três apêndices tratam dos seguintes assuntos:
1) Dois paradigmas para os aderentes da Sola Scriptura - que trata da questão da fé somente pela Escritura, examinando a sua autoridade e forma de interpretação.
2)Nota sobre a Interpretação Histórico-Redentora - definição: A Bíblia não é um livro texto teológico, mas um relato divinamente inspirado de certos eventos históricos distintos, preeminentemente os grandes eventos em torno do grande complexo redentor de Jesus Cristo: sua vida, morte, ressurreição, ascensão e segunda vinda.
3)A Errância da Teoria da "Inerrância dos Autógrafos Originais" - Para a maioria dos evangélicos a fidelidade às Sagradas Escrituras, como palavra inerrante de Deus, não subsiste à parte da fé na "inerrância dos autógrafos originais". Ou seja, apenas os originais são infalíveis, no que, não concordo.
Sandlin corrobora a minha idéia ao afirmar que os apógrafos (cópias existentes no idioma original) foram fielmente preservados no seio da fé e da igreja. Esses contituem a infalível Palavra de Deus; e não somente os originais, aos quais ninguém tem mais acesso.
Esqueci-me de algo importante: o autor joga por terra o método crítico-textual, o qual foi concebido por incrédulos (portanto, repleto de pressupostos contra Deus) para invalidar algo divino.
Como pode o Deus infalível que assegurou a infalibilidade das Escrituras por Sua própria infalibilidade, ser julgado ou invalidado por métodos humanos e falíveis, além de corrompidos pelo pecado, opondo-se francamente contra Ele?
O apelo "científico" de que o método crítico-textual é a melhor forma de avaliar a Escritura através do empirismo, carece exatamente de provas empíricas para a sua validação. Ou seja, ele, em si mesmo, é autocontraditório, inválido.
A leitura dos apêndices é uma grande e grata surpresa, pois expõe de forma clara a irracionalidade e ilogicidade dos argumentos dos proponentes do métos eclético, demonstrando a fragilidade de todo o seu conceito.
É por essas e outras que não utilizo em meus estudos e na leitura devocional de nenhuma tradução que se origine do método crítico-textual, o qual é subjetivo e contaminado pelo humanismo/iluminismo céticos.
Pelo que eu entendi na sua descrição, o livro parte de pressupostos falsos para se tentar emendar a doutrina da infabilidade da Bíblia. Por exemplo, o livro parte do pressuposto de que a Bíblia é uma espécie de Alcorão cristão, quando isso não é verdade.
Ela foi escrita por homens que andaram com Deus e que escreveram no que eles criam, mas não foi ditada por Deus a "Maomé". Sendo assim, a base deveria ser Jesus, uma vez que Ele é a "encarnação Verbo" e a "Imagem do Deus Invisível".
Jesus é o infalível, não a Bíblia. O que não se parece com Jesus, mas está na Bíblia, é verdade. Porém, é verdade afirmando o engano do homem à respeito de Deus, ou são apenas sombras do que haveria de vir.
Junior,
em seu comentário confuso e pouco objetivo, o que li foi descrença, pura descrença. Pois o próprio Jesus Cristo, o Verbo encarnado, ao qual você citou como infalível (e esta é a única verdade em todo o seu comentário), ele mesmo confirmou e citou a Escritura, como a palavra fiel e verdadeira de Deus.
O seu problema é que você acusa os meus pressupostos de falsos quando os seus nem sequer são apresentados. É claro que tanto para mim como para você é necessário se ter fé. O problema é que a sua fé o leva à incredulidade e a rebeldia a Deus e Sua palavra, enquanto a minha fé leva-me a submeter-me à autoridade de Deus e da Sua palavra.
Entre a minha fé e a sua, fico com a minha. Se quiser ficar com a sua, fique! É problema seu. Mas quando for tecer algum comentário, não especule puramente, mas tente construir um argumento, se não verdadeiro, ao menos lógico.
Abraços.
Junior,
baseado em quê você afirma a infalibilidade de Cristo? Se esse conhecimento e certeza não veem pela Escritura, a Bíblia Sagrada, de onde vem? Da sua cabeça? Ou algum passarinho lhe contou?
Se negar a Bíblia, você nega Cristo, e vice-versa. O que torna os seus argumentos (ou a falta deles) contraditórios, conflitantes, falsos.
Pense nisso, pois, sem a revelação escriturística (reconhecendo-a não como uma mera coletânea de escritos humanos, como você mesmo disse, "escrita por homens que andaram com Deus e que escreveram no que eles criam"), não há base para a sua afirmação sobre a infalibilidade de Cristo. E, portanto, a sua fé desmorona como um castelo de areia na chuva.
O que prova a falsidade e ilogicidade dos seus pressupostos.
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