William Fitch
Editora PES - http://www.editorapes.com.br/
"Por que existem bactérias, terremotos, pestes e fomes? Por que existem guetos, segregações e bombas de hidrogênio? Se Deus é soberano e bom, por que Ele permite que aconteçam essas coisas? Ou seria o homem o responsável pelo mal no mundo? Que teria o cristianismo a dizer sobre tudo isso? Este livro pelo Dr. Fitch surgiu de uma urgente preocupação pastoral, desejoso de falar de forma bíblica. Sustentando que a Bíblia trata incisivamente desta questão de Deus e o mal, e que ela mostra o caminho da libertação do mal, Dr. Fitch procura ser fiel, em todos os pontos, ao ensino das Escrituras para conduzir seus leitores a uma compreensão melhor delas..." (Sinopse da Editora).
13 comentários:
Fitch afirma que Deus cria o mal, consonante com Isaías 45, não apenas como juízo e punição ao pecado do homem, mas sendo responsável por ele.
Em seguida, afirma que Deus não precisava criar a luz e a paz, porque são inerentes a Ele, ou seja, Deus já é luz e paz. Porém, o mal precisava ser criado, visto que ele não é inerente a Deus; só que em nenhum sentido Deus é o autor do mal, diz William.
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Uma incoerência me parece a afirmação seguinte, de que o homem foi criado com a capacidade de escolher o bem e apartar-se do mal.
Fitch não explica como se dá essa capacidade e de que forma ela age no homem.
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O autor nos diz que Deus aceita o mal e se utiliza dele para a Sua glória eterna, o que não pode ser entendido pela mente caída do homem, mas, pela fé, devemos aceitar essa premissa como verdadeira.
Deus restringe a operação do mal. (Fica parecendo que o mal é um agente independente da vontade de Deus, e que Deus somente pode restringi-lo, controlá-lo, porém, não pode eliminá-lo; e cria um conflito com a afirmação inicial de Fitch de que Deus criou o mal. Essa declaração está mais para o dualismo gnóstico... como o irmão Natan me disse certa vez: você está esperneando, se debatendo, mas não está respondendo a minha pergunta... fico com a impressão de que Fitch debate-se, esperneia, e não chega ao ponto crucial da questão do mal).
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Como Deus pode controlar algo que não criou? E se Ele criou o mal, como pode deixá-lo escapar por entre as Suas mãos?
O mal não pode ser uma força autônoma, independente, auto-criada, senão, estaremos falando de outro deus, e voltamos ao dualismo gnóstico.
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Deus usará o mal para a Sua glória. De que forma? Quando Deus destruí-lo definitivamente? Mas se Deus não criou o mal, qual a garantia de que ele não ressurgirá ainda mais poderoso?
Porém, se Deus o criou, Ele e somente Ele pode garantir que o mal será destruído, e jamais ressurgirá.
William afirma que Deus nos dá o escape contra o mal. Porém, ele não diz qual é esse escape. Mas sabemos que é Cristo, o qual como a 2a. pessoa da Trindade, é capaz de vencê-lo; o que fez, efetivamente, na cruz do Calvário, apesar de já tê-lo destruído eternamente.
"No meio das trevas e do coração de um mundo cheio do mal, Ele envia a 'Luz da Vida' e oferece a bênção da paz que excede todo o entendimento" pg 23.
As palavras de Fitch são belas, e parecem espirituais. Contudo, não vejo, objetivamente, explicação para a questão do mal: Se Deus criou o mal como não é o Seu autor?
Penso que o W.F. raciocina da seguinte forma: Deus criou o mal, e deixou-o por conta própria, para que qualquer um pudesse utilizar-se dele, como satanás e o homem. O que o torna em uma força, usada secundariamente pelas criaturas de Deus. Mas aí vem a questão: e essas criaturas como é que se apropriam do mal para satisfazer seus intentos? E se Deus deixou o mal e as criaturas à própria "sorte" (e a sorte passa a ser outra força independente e auto-criada), Ele não é soberano; ao passo que, se é soberano, e os seus eternos decretos predestinados desde a eternidade cumprir-se-ão, como podem as criaturas "apropriarem-se" do mal sem que Ele as direcione para isso? Sem que a Sua vontade se cumpra nessas criaturas, a fim de que os seus decretos igualmente se cumpram pelo mal?
Qualquer "arranjo" que exclua Deus de criar e dirigir o mal segundo a Sua vontade, estará próximo de aceitar o dualismo metafísico. Então, o Deus único e verdadeiro da Bíblia deixará de ser realidade para se tornar em um conceito... ou heresia.
EM TEMPO:
A questão do Mal é algo que inquieta não só cristãos como incrédulos. Vem sendo discutida na filosofia e na teologia há séculos. Como ainda não tenho uma posição clara em relação ao tema, o qual estou estudando e pedindo a Deus que me oriente no entendimento e comprensão (o que ocorrerá segundo a Sua vontade, se esta for a Sua vontade), então, esclareço:
1) Alguns questionamentos em relação à posição de Fitch estão ligados ao pensamento que outros autores têm similares aos dele. Nem sempre serão exclusiva e primordialmente do presente autor;
2) As perguntas e proposições com relação a Deus e o Mal não são de cunho irreverente, mas questionadoras, que me levem a raciocionar de forma mais ampla sobre a questão, sem limitar-me pela sua dificuldade;
3) Citarei outras abordagens sobre o tema, algumas que estão fora do escopo do presente livro.
Buscarei entender a questão do Mal segundo o padrão Escriturístico, o qual é o único relevante e fundamental ao tema.
Conceito apreendido no texto "Determinismo e Responsabilidade", escrito por Gordon Clark e disponível em http://www.monergismo.com/textos/predestinacao/determinismo_responsabilidade_clark.pdf
A responsabilidade não depende da liberdade de se fazer ou não o que quer, mas implica que essa pessoa está debaixo da autoridade de um superior. Por exemplo, o motorista embriagado não é responsável pelo seu ato pelo fato de fazê-lo, mas por que há sobre ele uma lei que estabelece o seu ato como crime.
A Lei Moral de Deus está sobre todos os homnes, e não é a "liberdade" do homem que determinará se ele é justo ou não, se pode ser justo ou não, mas a lei.
E esta mesma lei estabelece que não há um justo sequer, visto que esta afirmação provém do próprio Deus. E é Ele, a autoridade superior do homem, que estabelece o que é justo ou não, através da Sua Lei.
Da mesma forma, Deus não está sujeito à Lei que criou, e portanto, não pode ser acusado de autor do pecado, visto que não há "algo" superior a Ele. O pecado é estabelecido e definido por Deus para e ao homem, não se sujeitando a ele; da mesma forma, o mal é definido como aquilo que o homem faz e não o que Deus faz.
Portanto, Deus não faz o mal, visto ser bom, e não há ninguém que possa acusá-lO ou questioná-lO, pois não há nada nem ninguém superior a Ele.
Como surgiu o mal?
O homem foi criado à imagem e semelhança de Deus, portanto, o próprio Deus disse que o homem, o qual criou, era bom. Então, se o homem era bom, o mal não pode provir dele, mas de algo exterior a ele.
Em Gênesis, o mal é simbolizado pela serpente. Adão e Eva ao comerem do fruto proibido conhecem o mal, e o mal passa a fazer parte deles.
O Mal tem vida própria?
Surgiu da mente corrompida de Satanás e foi incorporado à nossa mente corrompida por ele?
Como Satanás criou o Mal se não o conhecia?
Porque o homem se viu seduzido pelo Mal, quando conhecia apenas o bem?
É-lhe possível escolher o Mal sem conhecê-lo?
E como poderia rejeitá-lo sem conhecimento? Ou a questão é de autoridade? Visto que o homem estava sob a autoridade de Deus, e a ordem de Deus é para que ele não comesse do fruto da árvore do bem e do mal.
Ao desobedecê-lO o homem saiu da proteção de Deus, estando sujeito à Lei que o próprio Deus criara? No dia em que comeres do fruto morreras!
Não se pode afirmar que a morte e o Mal foram criados por Deus, como consequências da desobediência das criaturas à autoridade de Deus, à Lei de Deus?
Satanás não tem o poder da morte, ele o detém; esse poder é derivado de Deus?
Sei que parecem simplórios esses questionamentos, e como Jó, posso estar inquirindo-O desajuizadamente. Porém, como Jó, desejo entender o que ele afirmou: "Bem sei eu que tudo podes, e que nenhum dos teus propósitos pode ser impedido...eu te perguntarei, e tu me ensinarás" (Jó 42.2;4).
Sem questionar a minha fé, desejo entendê-la.
Tentemos coordenar o que foi dito até agora:
1)O homem foi criado bom por Deus. Mas ao dar ouvidos à serpente, desobedecendo o Criador, pecou, e o Mal passou à sua natureza.
2)O Mal provém de Satanás e foi transferido ao homem quando ele decidiu se rebelar contra a Lei de Deus (a proibição de não se comer do fruto proibido é um decreto divino, não somente factual, mas moral e ético).
3)Em consequência à desobediência, o homem ficou sujeito à punição pelo pecado: a morte, tanto física como espiritual.
4)Para que o homem voltasse à vida, Deus prometeu e cumpriu que o filho da mulher destruiria o Mal, o pecado e morte, reconciliando o homem caído com o Criador.
5)Satanás e seus demônios, como o homem, são criaturas de Deus.
6)Deus, se quisesse, poderia simplesmente destruir tanto Adão e Eva como Satanás, e eliminar o Mal, o pecado e morte. Mas, por Sua sabedoria e vontade, decidiu mantê-los em cumprimento ao Seu eterno decreto, estabelecido antes da fundação do mundo.
7)Não houve uma ordem cronológica na decisão de Deus, porque Ele não está preso ao tempo, antes habita fora dele, o qual foi criado por Ele. Portanto, Deus não foi reagindo à medida que os fatos foram desencadeando-se, mas tanto o início como o final foram estabelecidos e predestinados num único ato e decreto.
Como estamos no tempo, ele nos é revelado passo a passo, em ordem sucessiva de fatos.
8)Não nos é possível entender por que Deus assim o quis, sabemos apenas que Ele é soberano para fazer o que bem entende, da forma como entende deve-se concretizar. Não nos cabe questioná-lO, como Paulo afirma em Rm 9.
9)A Bíblia afirma que tanto Satanás como o homem pecaram ao desejar ser como Deus. As criaturas chegarem à glória do Criador.
10)A Bíblia afirma que há anjos eleitos e homens eleitos; anjos e homens destinados à perdição e condenação.
11)Ainda permanecem as perguntas: Como surgiu o Mal? Qual é o seu autor? Se Satanás também foi criado bom, como ele gerou o Mal? Se o Mal não é uma força auto-criada, quem o criou? Será que a liberdade, ainda que controlada, permite às criaturas escolher algo que não conhecem? O que permitiu que os anjos bons não caíssem?
1)Deus não trava uma batalha com Satanás. A guerra não é entre Deus e o diabo. Por Seu poder soberano, Ele já o teria destruído há muito, caso esta fosse a Sua vontade; como Criador de tudo, inclusive do diabo, Ele detém o controle sobre Suas criaturas.
2)O homem, ao perder a batalha para Satanás no Éden, viu-se escravizado, derrotado por ele. A luta portanto é entre o homem e o diabo: entre conquistador e conquistado.
3)É nesta luta que Deus, em favor do Seu povo, intercede, a fim de que, pela vitória do Seu Filho Amado Jesus Cristo, o qual foi feito homem, Ele seja glorificado, e enfim, possamos derrotar o nosso inimigo.
4)Consequentemente, por Cristo e em Cristo (como membros do Seu corpo), vencemos a morte, Satanás e o mal.
5)Definição do autor: "A origem do mal permanece velada dentro do mistério da liberdade finita" pg.50
1)O autor aborda a questão de satanás como o nosso inimigo; e o sofrimento como algo essencialmente mal, ou podendo ser bom?
2)Abordagem da questão do mal do ponto de vista em que ele influência e motiva a vida cristã (motivar no sentido de se desejar apartar do mal) é descrita de forma clara, prudente e sábia por Fitch.
3)Acho que o foco diluiu-se um pouco, mas, de certa forma, é necessário analisar o mal e como ele atua no homem e no crente.
4)"É digno de nota o fato de que, sempre que o exemplo de Cristo nos é apresentado nas Escrituras para a nossa imitação, é Seu exemplo no sofrimento; que é citado" - pg. 64.
5)O sofrimento pode ser segundo a vontade de Deus (1Pe 4.16;19).
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O autor afirma que o sofrimento foi uma "intromissão" na criação de Deus. Que em momento algum houve a intenção de que ele existisse. Porém, se ele existe, sendo Deus soberano absoluto, quem o criou?
A explicação de que é fruto do pecado, torna-se simplória e reducionista. Se o pecado não surgiu pelo acaso, o sofrimento igualmente não. Se o pecado (e a Queda)faz parte do eterno decreto de Deus, também o sofrimento é.
Quem mais sofreu do que o próprio Filho de Deus? A Bíblia não afirma que o sofrimento e a morte de Cristo foram determinados antes da fundação do mundo?
Discordo da posição de Fitch.
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Fica-se parecendo que o pecado, a morte, o mal e o sofrimento entraram no mundo à revelia de Deus, como se fossem forças auto-criadas; e sabemos que esse tipo de conceito fere a natureza do próprio Deus e Seus atributos eternos; visto que nada pode escapar-lhE e escapar ao Seu controle ativo e direto.
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Fitch se contradiz ao afirmar que: "sofrer segundo a vontade de Deus e aceitá-lo como proveniente da Sua mão... é viver no poder da ressurreição de Cristo" - pg. 69.
Ora, se o crente pode sofrer pela "vontade de Deus", o sofrimento não está alheio à Sua vontade, nem foi algo que O surpreendeu mas, essencialmente, é parte do Seu plano eterno.
O problema é que o autor parece ver as conseqüências da transgressão à Lei de Deus como algo que não foi pensado ou criado por Deus. A morte, como resultado do pecado, foi estabelecida e criada por Deus quando Ele promulgou a Adão e Eva a proibição de não se comer do fruto da árvore do bem e do mal. Antes não havia sequer a idéia de morte, a qual surgiu como consequência da desobediência (desobediência instituída pela sabedoria de Deus quando decretou a obediência ao homem; ao decretar a obediência, e estabelecer que o seu descumprimento seria desobediência, o pecador estaria sujeito à morte).
Se Deus não decretasse a Lei e a punição pela sua transgressão, ambas não existiriam, as quais são resultantes da Sua santidade e justiça: a Lei em conformidade com elas, o pecado em rebeldia, e como tal, justamente punido.
1)A natureza do homem é má e sempre buscará o mal.
2)Apenas Cristo foi capaz de se abster do mal e do pecado, mantendo-se santo, puro e imaculado.
3)Cristo é a chave da históira: "a resposta de Deus para o dilema do homem. Tudo o que Ele é e tudo o que Ele realizou... constituem as partes centrais do plano de Deus" - pg. 85.
4) Cristo é o Senhor da história: "Ele vem para julgar o mundo com justiça. Vem para mostrar que o mal não é vitorioso. Esse foi vencido no Calvário... Cristo é o Senhor da história e Ele não permitirá que nada aconteça sem o seu consentimento... Ele vem para reinar para todo o sempre, e no Seu reino não se verá nenhum mal" - pg. 87.
5)Cristo chama a Si um povo para o Seu reino: "continuamente Deus vem escolhendo homens para o Seu reino. Ele os marcou e os atraiu a Si. Usou-os. Falou por intermédio deles. E ainda hoje Cristo está chamando um povo para Si..." - pg. 89.
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Este capítulo, intitulado "A Escolha Humana do Mal", aborda vários aspectos do mal na vida do homem, sua motivação e efeitos, apresentando Jesus Cristo como Senhor absoluto, o qual eliminará completamente o mal da natureza humana (no caso, da igreja, o corpo de Cristo), quando reinar com os Seus anjos, e tiver o Seu povo eleito por toda a eternidade.
Portanto, o autor aponta a maldade na natureza humana, e Cristo como o "antídoto" para erradicar e curá-la.
Porém, permanecem as perguntas:
1) Qual a origem do mal?
2) Como o homem pôde escolher algo que não conhecia?
3) Qual influência exercida o levou a pecar, e a "decidir-se" pelo mal?
W. Fitch aborda várias facetas do mal. Apesar de algumas contradições, ele vai muito além do que a maioria dos autores arriscam-se a ir em relação ao mal, o pecado, o sofrimento e a soberania de Deus.
Porém, ainda ficam muitas perguntas (as quais fiz em meus comentários), e, talvez, o medo de respondê-las. Quando digo medo não me refiro a covardia, mas ao temor de tratar de algo tão delicado como a questão do mal e Deus.
A minha conclusão (ainda que existam muitos pontos dos quais não tenho resposta, e dos quais sequer entendo adequadamente) é de que, sendo Deus soberano, em sua onipotência determinou todas as coisas, inclusive o mal. Para que isso não ocorresse seria necessária uma força igualmente poderosa e eterna como o Senhor; o que não existe, já que tudo criado está sob a Sua santa, perfeita e reta autoridade e controle.
Contudo, nossa incapacidade não nos permite ver claramente como isso ocorreu, o porquê, mas temos assegurados na Palavra que Deus destruirá o mal, o pecado e o sofrimento completamente, e enxugará todas as nossas lágrimas nos novos céus e terra a serem criados, onde Cristo reinará juntamente com os santos, os Seus escolhidos.
Um dos pontos fortes do livro é a abordagem da vida cristã, de como o mal age nos crentes, como deve ser "resistido", e da liberdade, esperança e certeza que há em nosso Senhor; e assim, dia após dia, somos mais do que vencedores em Cristo, pelo qual alcançamos a eterna vitória sobre o mal, o pecado e satanás.
Jorge,
Estou lendo o Deus e o mal, e comecei a ler suas impressões sobre o livro e parei. Mas só para não ler o restante do livro "sob sua ótica". Depois volto aqui e leio suas observações.
Deus o abençoe,
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