O Plano de Deus Para a Vitória (**)

Rousas J. Rushdoony
Monergismo Publicações


"Nos últimos 150 anos ou mais, a visão escatológica dominate do Cristianismo americano tem sido absolutamente amilenista pessimista ou pré-milenista dispensacionalista. Essa útlima visão capturou setores inteiros do conservadorismo protestante, suas igrejas, denominações, seminários, institutos bíblicos e agências missionárias. Com isso veio um afastamento gradual da visão abrangente dos puritanos coloniais e calvinistas americanos... Mas um novo dia chegou. Uma geração inteira de cristãos orientados pela vitória, estimulada pela visão pós-milenista vitoriosa, tem emergido para enfatizar o que os pais puritanos chamavam de "os direitos régios do Rei Jesus" em todas as áreas da vida moderna.... Esse monógrafo clássico de Rushdoony diz o porquê de esperamos isso." (4a. Capa).

18 comentários:

Jorge Fernandes Isah disse...

Primeiro, o livro é polêmico, no sentido em que "detona" escancaradamente o amilenismo e o pré-milenismo (mais ideologica que teologicamente. Por exemplo, citando A.A. Hodge, ao dizer que pré-milenistas se preocupam com a salvação individual exclusivamente, ao invés de "ganhar almas, mas ao mesmo tempo plantar instituições cristãs em terras pagãs". Parece-me mais um aculturamento dos pagãos do que a pregação da Palavra, único agente transformador do homem e da sociedade pela ação do Espírito Santo).
Segundo, o livro peca por não apresentar respaldo bíblico (referências bíblicas) ao pós-modernismo, e nem às refutações ao pré e amilenismo; e muitas proposições são de cunho filosófico, estético e pragmático (no sentido de imputar aos outros sistemas a ineficácia da igreja e dos cristãos no mundo).
Terceiro, o autor parece estar mais afeito a um discurso panfletário do que a abordar criteriosamente as diferenças entre os sistemas milenares, e a apontar as virtudes do pós (é necessário que seja sob base bíblica, a fim de não se desmoronar como um "castelo de cartas").
Quarto, Rushdoony faz reflexões "delirantes" ao vincular os milenaristas ao humanismo. A sua tese é baseada em analogias, no mínimo, contestáveis, ao ligar o milenarismo secular ao Estado revolucionário (o fato de dizê-lo "secular" não afasta sua artilharia dos milenistas cristãos, apenas aponta entre os olhos ao invés de no peito); de que pré e amilenistas crêm, centralmente, na frustração dos planos de Deus com a Queda no Éden; e de que, por culpa deles, a sociedade se viu "refém" do descanso, das férias e da aposentaria. Realmente, nem mesmo o diabo para conceber tantos "males" como os pré-milenistas fizeram (será que existe um pré-milenista verdadeiramente crente?).
Quinto, a visão de Rushdoony é essencialmente dispensacionalista (o seu ataque volta-se para todos os outros sistemas, mas a base do ataque é sempre dispensacionalista, como se todos os pré e amilenistas compactuassem com eles. Há de se ressaltar, que mesmo entre os pós milenistas existem várias correntes, não havendo harmonia entre elas).
Sexto, a obstinação por vitória. Uma vitória não muito bem explicada, mas que presumo, seja a expansão do reino e erradicação completa e total de incrédulos. Porém, a Bíblia chama-nos de vitoriosos em Cristo, ou seja, a nossa vitória consumou-se na cruz, e manifesta-se no dia-a-dia, quando cada crente dá o testemunho pessoal da obra que o Senhor fez em sua vida.

Jorge Fernandes Isah disse...

Rushdoony parece não ver o problema real da igreja. O cerne não é escatológico, mas bíblico (e escatologia é uma parte de toda a revelação bíblica).
A igreja não é luz no mundo, nem cumpre o seu papel, porque abandonou os princípios bíblicos de pregação, de evangelização, de discipulado, de moral, ética, e, principalmente, rendeu-se ao pecado da ostentação, da vaidade, do orgulho, do poder, aliando-se ao mundo ao invés de combatê-lo. E isso pouco ou nada tem a ver com visão escatológica, mas com conversão, santificação, disciplina e fidelidade às Escrituras.
A igreja tem sistematicamente abandonado e desprezado o Evangelho de Cristo, em prol de evangelhos sociais, políticos, econômicos, pragmáticos.
O que parece natural para os pós-milenistas e puritanos, não é sequer mencionado na Bíblia. Não vemos Paulo abrindo seminários, nem Pedro escolas, nem João realizando palestras ou simpósios. O foco era a proclamação do Evangelho na Igreja Local, e, através dela alcançar os eleitos (jamais a sociedade como conceito e objetivo, ainda que a pregação surtisse efeito entre os "reprovados", para a condenação), sem se preocupar em reformular ou "salvar" o mundo, pois a salvação é individual.
É claro que, à medida que o Evangelho de Cristo atingia o maior número de pessoas, as mudanças na sociedade foram ocorrendo, muitas delas pela força e imposição legal (a ligação entre o Estado Romano e a Igreja Católica), o que não discuto. O certo, a Lei de Deus, deve ser imposto a todos, crentes ou não, para o bem da sociedade. Porém, à medida que a igreja afastava-se do Evangelho (e, talvez, o seu desejo de "implantar" o reino à forceps afastou-a de Cristo) flertava com o mundo através das ciências e da política, o que se viu foi o mundo adentrando a igreja, e a degradação progressiva dos princípios bíblicos e valores cristãos.
O livro de Atos, as Cartas Paulinas e Universais descrevem muito mais o sofrimento, a rejeição e a perseguição da Igreja (assim como Cristo sofreu, foi rejeitado e perseguido), do que uma fragorosa vitória visível, principalmente, aos olhos do mundo.
A Igreja é sim o lugar de refúgio do crente (pelo menos deveria ser), e isso não é covardia. Nossa vitória está selada na eternidade, e não é derrota imaginar que seremos mais rejeitados e perseguidos do que ovacionados e aplaudidos por aqui.
Da mesma forma que o pré-milenismo e o amilenismo vêem o mundo de forma "pessimista", o pós-milenismo vê o mundo na perpectiva "otimista", mas são visões do mesmo mundo. Não que ambas estejam corretas; apenas o "pré" atem-se mais ao presente (e como tal, não tem esperança de melhora), enquanto o "pós" vislumbra um futuro glorioso na terra (e sua interpretação pode estar equivocada); quando, contra a vontade de Rushdoony (que já desfruta da glória e da vitória em Cristo na eternidade), o nosso olhar é para o dia do Senhor, aquele dia em que veremos Cristo, o nosso redentor, face a face. E isso sim é glorioso, tremendo, indescritível.

Jorge Fernandes Isah disse...

No cap. "Economia e Escatologia", Rushdoony acerta em cheio na anologia economia/humanismo/teonomia.
Ao desprezar a Lei de Deus, e numa tentativa desesperada de sobrevivência sem o Criador, o homem tenta "recriá-la" ao invés de obedecê-la. Desta forma, o homem acaba por tornar-se alvo de si mesmo, colocando não somente a sociedade mas o mundo em completo caos, com o único objetivo de pecar impunemente.
Por tabela, mas impiamente consciente, o homem impõe o seu "modus vivendi" pós-moderno, liberal, imoral e humanista sobre todos, e àqueles discordantes, restam-se "converter à verdadeira fé humanista ou serem punidos" (pg 58).
O homem assume-se rei num mundo onde não há reis, pelo menos, na ótica relativista (onde o fato de não haver rei é entronizado como monarca); e o cristianismo abandona o cerne do Evangelho de Cristo para se tornar no reverberar monocórdico do grito angustiado, louco e impotente de rebeldia da criatura contra o Criador.

Jorge Fernandes Isah disse...

Em "A Geração do Arrebatamento" fica a pergunta: Rushdoony não crê no arrebatamento ao qual Paulo descreve em 1Tes 4.17 (e no texto, não há a menor hipótese de não lê-lo literalmente; é possível alegorizá-lo, mas seria forçado e totalmente fora do contexto da carta do apóstolo), ou no arrebatamento pré-tribulação dos dispensacionalistas? Ou em nenhum dos dois?
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O ataque filosófico de Rushdoony aos dispensacionalistas é procedente, mas, será que existe apenas o dispensacionalismo como sistema escatológico? E não seria o mesmo que bater em cachorro morto? Porque as questões relevantes dos outros sistemas não são abordadas, e perde-se tempo com o delírio antibíblico dispensacionalista?
Falta tocar nas "evidências" pós-milenares a partir da Escritura, e o autor se fecha no círculo vicioso do ataque ao dispensacionalismo sem, contudo, propor uma saída (e são tantas, que não dá para entender a fixação nesse sistema. Será pela sua popularidade [e assim, se gera uma polêmica igualmente popular], ou pela facilidade de refutá-lo, tal a sua fragilidade teológica/filosófica?).

Jorge Fernandes Isah disse...

A teonomia é uma forma de se propagar e estabelecer a justiça de Deus na terra, aplicando-se a Lei mosaíca em todos os níveis da sociedade (a parte dos sacrifícios e da lei sacerdotal [até onde sei possível, pela Nova Aliança, anuladas]).
Contudo, em vista das evidências bíblicas, e da história humana, não me parece que a Lei de Deus se estabelecerá antes da parousia, mas durante o reino milenar de Cristo (que também não precisar, necessariamente, ser de mil anos), ou nos novos céus e terra ao qual Pedro revelou-nos.
O livro do Rousas Rushdoony pareceu equipado para combater apenas o dispensacionalismo, sem se aprofundar nas questões escatológicas evidentemente bíblicas, e sem defender o sistema pós-milenista em eficácia escriturística.
Ele passeou por várias linhas filosóficas, fez analogias, comentários, citações, mas não delineou "O Plano de Deus para a Vitória", e desculpe-me a ignorância, não entendi o significado do pós-milenismo (nada além do pouco que já sabia).
Portanto, como a Monergismo Publicações possui outros volumes sobre o assunto, espero encontrar as respostas que venho buscando.
Ainda assim, é uma tentativa válida de se lançar material pós-milenista no Brasil, onde estamos exautos de ler os dispensacionalistas, e nada dos demais sistemas.
Fica o apelo para que alguma editora publique livros pré-milenistas históricos, para compararmos ao material do Monergismo.

Jorge Fernandes Isah disse...

Novamente, ato falho, no item segundo do meu primeiro comentário, escrevi pós-modernismo onde deve-se ler pós-milenismo.

Oliveira disse...

Meu caro amigo

Me desafias genericamente com muitos pontos controversos... risos...

Que no momento não disponho de tempo para refutar.

Mas lentamente, acho que passarei por aqui para refutar cada um deles ponto a ponto.

Num primeiro momento posso apenas antecipar que o autor em questão não tinha espaço nem objetivo em apresentar argumentação completa e evidência bíblica exaustiva do pós-milenismo.

Existem outros escritos onde isto é feito.

Um grande abraço

Jorge Fernandes Isah disse...

Amigo Natan,
Será um prazer tê-lo por aqui para discutirmos o livro do Rushdoony e o pós. Talvez você me faça entender o que ele se propôs e não conseguiu.
Como disse em meus comentários, sei que Rushdoony não quis refutar os outros sistemas e nem fazer uma defesa exaustiva do pós-milenismo, contudo, só tomamos conhecimento disso após terminar o livro, pois o título presume que, ainda resumidamente, o autor nos apresentaria um plano de Deus para a vitória. Se essa não era a sua intenção, então qual era ela?
Ele atirou para todos os lados, mas atingiu apenas os dispensacionalistas, e ainda assim, de raspão.
Para ser sincero, fiquei meio decepcionado com o livro. Esperava mais diante da fama do Rousas Rushdoony (li seus textos que falam de outros assuntos como predestinação, eleição e gostei muito). E ele ainda me pareceu confuso, vago e despropositado em seu ataque aos outros sistemas (ainda que não o tenha feito analiticamente, mas genericamente).
Como também afirmei, vou adquirir outros livros do Monergismo sobre o tema, talvez encontre maior solidez na próxima leitura.
Abraços.

Oliveira disse...

Vamos ao debate...

Não sou a pessoa adequada para defender o autor em questão, uma vez que em alguns assuntos eu ainda discordo dele, discordo não por convicção mas sim por desconhecimento, imagino.

Vou fazer uma tentativa de defesa do pós-milenismo.

Sim, o livro é polêmico... mas e daí?
Sim, "detona" o amilenismo e o pré-milenismo (dispensacionalismo incluído), mas se há erros nestes sistemas entendo que devem ser mostrados e trazidos para a reflexão.

A questão do "aculturamento" como chamas, a meu ver está um pouco distorcida.

O que se dá é que cremos que Deus irá vivificando cada vez mais eleitos a medida que o seu Reino cresce cumprindo a profecia da pedra não cortada por mãos humanas que vai crescendo até ser grande... o aculturamento é uma conseqüência.

O Reino não será estabelecido pelo esforço autônomo de cristãos em criar instituições cristãs, mas sim pela vivificação de pecadores por parte unicamente do Espírito Santo. A criação de instituições é consequência.

Não é por força (capacidade de aculturamento pela igreja visível) nem por violência.
Por isto sou otimista, depende de Deus.

O livro não apresenta respaldo bíblico pois não era o objetivo do autor. Mas existe respaldo, eu te garanto.

Cito dois exemplos:

"Do aumento deste principado e da paz não haverá fim... o zelo do Senhor dos Exércitos fará isto." Isaías 9.7

"Lembrai-vos perpetuamente da sua aliança e da palavra que prescreveu para mil gerações." 1 Crônicas 16.15

Sim, o livro é filosófico, estético e pragmático... mas e daí? Esperavas um tratado de apologética? Isto não significa que o pós-milenismo não reflita o plano de Deus para a vitória.

Sim, um sistema teológico determina o fracasso e ineficácia de uma igreja visível, uma vez que os pressupostos determinam a ética (prática diária), afinal como disse um outro autor, ou este mesmo, não adianta gastar vela com defunto morto, ou ainda não adianta polir o casco de um navio que está afundando, assim se o príncipe desde mundo é satanás e se Cristo não reina desde a cruz, então realmente não adianta salgar o mundo no sentido de melhorar a sociedade e influenciá-la com a cultura cristã.

Sim, o texto talvez seja um pouco panfletário... e daí?
Acho que ele escreveu para a leitura de sabidos pós-milenistas.
Uma abordagem criteriosa acho que ele faz nas suas "institutas...", mas penso que ainda não foi traduzida para o português.
Nos antigos textos do Monergismo tínhamos vasto estudo e base bíblica detalhando o sistema.
Agora no novo Monergismo vamos ter que esperar um tempo até que sejam publicados novamente.

As abordagens do autor sobre as questões revolucionárias, aposentadoria, férias, etc... fazem parte da "parte" onde eu ainda discordo do autor em questão.

Sobre existir um pré-milenista verdadeiramente crente, eu conheço vários, e garanto que verdadeiramente crentes.
Você é um deles...

Quando você afirma que o autor é essencialmente dispensacionalista... acho que é também uma visão distorcida, eu entendo que ele coloca todos num só "caldo", no sentido de que todos os sistemas outros fora do pós-milenismo são pessimistas, e assim tem em comum que Satanás "reina" com príncipe deste mundo. Mas é claro que no detalhe cada um difere do outro, mas são unos quando afirmam uma ética cristã pessimista quanto ao futuro do Reino na terra.

Sim, uma obstinação pela vitória, afirmada na cruz e pela palavra que as portas do inferno não prevalecerão contra a igreja invisível e que ela crescerá até se tornar árvore grande e de grande sombra para muitos, ao contrário dos outros sistemas que afirmam que quando do advento do arrebatamento, praticamente o mundo todo estará tomado por satanás e pelas forças do mal.

Sim, uma obstinação pela vitória e com muito gosto.
"Venha a nos o teu Reino, e seja feita a Tua vontade assim NA TERRA como no céu..."

Não, não se trata da afirmação de uma erradicação completa e total dos incrédulos, mas se trata de nos termos do Salmo 22,

"Todos os limites da terra se lembrarão, e se converterão ao Senhor; e todas as famílias das nações adorarão perante a tua face..." assim... não se trata de todos os indivíduos, mas de todas as famílias, ou seja, em algumas famílias ainda sim existirão poucas indivíduos que não serão eleitos.

O joio e o trigo irão até o fim quando do arrebatamento e julgamento final.

Apenas cremos que a medida que os anos passarem, o joio se tornará menor do que o trigo numericamente, pois o próprio Senhor pelo Espírito Santo vivificará mais pecadores, que começaram em 12, depois 70, depois 400, depois 3000 em Atos dos Apóstolos, e hoje passados 2000 anos já são milhões pelo mundo afora.

Sim, acreditamos na vitória!

E assim termino a minha "refutação" (tentativa) do seu primeiro comentário.
Os outros e u "refuto" um outro dia.

Um grande abraço

Jorge Fernandes Isah disse...

Natan Oliveira,
Puxa, acho que o irmão poderia facilmente escrever um livro para o Felipe sobre pós-milenismo, com um efeito didático maior e melhor do que esse do Rushdoony...
Primeiro, li outros textos dele, sobre a soberania de Deus, eleição e predestinação, os quais gostei muito; mas, a questão em si é que, sinceramente, este livro não é elucidativo sobre o pós, nem apresenta um "plano de Deus", ao contrário, é meio confuso e sem um objetivo definido.
Para um livro que se propõe a mostrar o plano de Deus, faltou doutrina bíblica e sobrou o resto: filosofia, pragmatismo, retórica, ataques e analogias, no mínimo, inconsistentes.
Segundo, dizer simplesmente: "E daí?" aos meus questionamentos, não tornará o trabalho do Rousas válido.
Reitero: Concordo com muito do que li do autor, mas não é o caso deste livro, cuja leitura foi meio que frustrante. Esperava mais, ainda que em poucas páginas.
Terceiro, você pode estar certo ao dizer que "acho que ele escreveu para a leitura de sabidos pós-milenistas", o que, ainda assim, não o absolve quanto a falta de objetividade e propósito quanto ao "plano". O que se viu foi um ataque "panfletário" ao dispensacionalismo, que sequer foi apresentado adequadamente.
Quarto, não sei se sou pré-milenista histórico ou amilenista porque há muito pouco material publicado no Brasil sobre "pré-histórico", e, me parece, haver pontos em comum nos dois sistemas. Estou estudando o assunto agora, um pouco por sua causa, Natan, e outro tanto, por causa do meu amigo, o pr. Júlio César.
Quinto, você fez esclarecimentos que o autor sequer citou. Veja bem, não estou "detonando" o pós-milenismo como o Rousas fez com o dispensacionalismo. É que busquei no livro respostas aos meus questionamentos do pós, e, simplesmente, não obtive nenhum. Pode ser, como disse, que os outros livros sobre o pós publicados e a serem publicados pelo Monergismo sejam mais didáticos, não-planfetários, e elucidem melhor a questão pós-milenista, para desentendidos como eu.
No mais, agradeço a sua amizade e participação.
Um forte abraço.

Oliveira disse...

Amigo Jorge

Risos... espero não tê-lo ofendido com os meus "e daís"...

Geralmente escrevo por impulso e depois acabo me arrependendo.

Um grande abraço

Jorge Fernandes Isah disse...

Natan,
Não tem problema algum os "e daí?"; conheço-o o suficiente para não me ofender e saber que o irmão não ofende ninguém, mas que ficou engraçado, isso ficou.
Abraços.

Oliveira disse...

Amigo Jorge

Vamos ver então se consigo “refutar” os seus outros comentários.
Na realidade não será uma refutação, mas considerações diversas, uma troca de idéias.

Entendo que sim o papel da igreja é primordialmente de evangelização, mas se esta prática é feita por uma ética escatológica equivocada, os efeitos são os de um evangelho ético-prático do tipo contenção dos danos, na iminência de ser arrebatado e os que ficarem que se lasquem.

Na visão escatológica pós-milenista, o cristão é chamado para ser luz (neste mundo), sal (neste mundo), e chamado (por si mesmo) para se envolver nos debates práticos do dia-a-dia, de olhar para a prisão perto da sua casa, na escola onde seu filho estudo, no político do seu bairro, etc.... não que foi chamado para um evangelho social, mas que foi chamado para um evangelho que não se omite, tipo, coisas do mundo são para os que se perdem...

O foco não é reconstrução da cultura, mas sim que pela vivificação de cada vez mais eleitos pelo poder do ES, naturalmente e consequentemente uma reconstrução da cultura será feita, trazendo todas as coisas da vida e do dia-a-dia para o crivo da escritura.

Por isto que entendo que a visão escatológica que se tem da história do mundo, determina a ética prática de vida cristã no dia-a-dia.
Quando os reformados criam nisto (falo genericamente) todas as grandes escolas que hoje são renomadas, foram criadas.

Quando a pregação do evangelho condicionado pela escatologia de Jesus vindo em breve, foi a temática, as igrejas se fecharam em quatro paredes, e deixaram a educação por conta do Estado, e o Estado controlado pelos ímpios (pois política não era coisa de crente), logo veio com a teoria da evolução, a pregação tolerante, o pluralismo da “verdades”.

É tempo de a igreja recuperar o terreno perdido. Que tal fundares uma pequena escola, que ensine a criançada através de princípios bíblicos?
Não é este teu dom (educador)? Que tal fundar uma empresa cuja visão, missão, etc.... seja uma gestão por princípios bíblicos?

Etc... e etc... todas as áreas da vida podem ser contaminadas pela visão de Reino dentro de cada um de nós, cujas consequências se manifestem neste mundo já e agora. “Ide ensinando as nações....”.

Não é só evangelismo, mas depois do evangelismo vem o ensinando as nações, ensinando o quê? Ensinando a que os povos vivam segundo a lei de Deus.

Escatologia tem tudo a ver com visão ética de dia-a-dia da igreja.

Na realidade estou convencido que a escatologia determina a ética, e o autor ou outro senhor diz isto na frase “... para que gastar dinheiro no casco de um navio que está afundando...?”.

A igreja condicionada pela escatologia dispensacionalista e as outras também, faz isto, prega o evangelho para salvar os que puder, e deixa a sociedade e as instituições na mãos dos que vão se perder....

Eu já soube responder esta questão de Paul não abrindo igrejas, nem Pedro escolas, nem João palestras.... agora a memória me falha, então talvez o argumento seja um pouco fraco, mas vai assim mesmo... Eles não fizeram isto pois estavam num momento de início da igreja, e de fato foram chamados para evangelização, mas, a Bíblia não fala, mas a história da igreja relata, aqueles que foram cativados pela mensagens destes primeiros evangelistas, fizeram e muito pela sociedade, um exemplo foi o do que a igreja criou um poder judiciário paralelo ao de Roma, que julgava com justiça e funcionava, o que com o tempo levou as pessoas mesmo não crentes, a submeterem suas causas a justiça da igreja, pois os juízes de Roma eram corruptos.

Mais tarde Constantino, percebendo isto, que a igreja fazia melhor a justiça de que seu próprios magistrados, sugeriu aos bispos que o manto vermelho que os magistrados romanos do império usavam, passassem a serem usados pelos bispos e que eles assumissem a função de judiciários, pois eram mais eficientes e respeitados pelo povo do que o judiciário corrupto do império... e isto é um dos motivos que bispos e cardiais andem de mantos vermelhos.... tudo bem que a coisa depois desandou, mas é um exemplo de que o evangelho inicial dos apóstolos provocou mudanda na postura ética da igreja no dia-a-dia.

E ademais, estes três Paulo, Pedro e João também nunca disseram que era para que nós criássemos casas publicadores, imprimísse-mos bíblias e as distribuíssemos pelo mundo de forma organizada e institucional. Mas está escrito “ide... ensinando as nações”, então criar escolas, palestras, seminários faz parte de ensinar e é bíblico sim.

Pense nisto: se os eleitos não assumem os seus lugares nas instituições do mundo, cria-se um vácuo, este vácuo é ocupado por ímpios, e consequentemente o que estas instituições (escolares, políticas, culturais, etc...) produzirão será sempre inspirado pelo maligno e pelas idéias destes ímpios que são seus controladores.

Então penso que a sociedade, via vivificação de indivíduos, era sim objetivo indireto do Evangelho.

Através da salvação de indivíduos, Deus restaurando todas as coisas (inclusive a sociedade) para o propósito do Reino.

Não se trata de implantação a fórceps, mas sim de uma implantação via consequência de que o ES na história vai vivificando cada vez mais pessoas numericamente falando, até que chegará ao ponto de serem tantos quanto a areia da praia, num futuro glorioso, que a Bíblia diz que o zelo do Senhor fará com que aconteça.

Mesmo que você seja pessimista quanto ao futuro do Reino, Deus é otimista.
Todas as nações (uma vez ensinadas nas instituições criadas pelos indivíduos vivificados pelo ES), todas elas serão alcançadas pela mensagem do Reino.

Louvado seja Deus, que fará isto, nem usando força nem usando violência para isto, mas sim pelo poder da pregação do Evangêlho.

Não é flertar com a cultura do mundo, mas reconstruir a cultura do mundo submetido à Lei de Deus e ao prescrito na Palavra.
No início o sofrimento e a rejeição e a perseguição foram mais latentes, mas a medida que o Reino cresce, isto vai diminuindo gradativamente.

Por isto oramos "Venha a nós o teu Reino", a cada dia o Reino vem e vai crescendo como grão de mostarda.
Meu pai no passado quando fundou igrejas foi muito mais ridicularizado do que tu hoje na tua igreja.
A mensagem do Evangelho, mesmo com muitas distorções, vai produzindo mudanças culturais.

Sobre Economia eu ainda tenho algumas ressalvas ao que o autor afirma, mas reputo como sendo ignorância minha no assunto.
Mas concordo com ele que inclusive a economia também deverá ser sujeitar aos princípios da palavra.

Sobre o arrebatamento em Tessalonicenses, os pós-milenistas crêem normalmente, mas será no fim.

Esquematicamente bem simples seria:
1. Início do Reino em Cristo e principalmente após o ano 70;
2. Crescimento gradativo do Reino;
3. Futuro glorioso como Evangelho chegando a todas as nações do mundo, de tal forma que quando o Senhor voltar nos moldes de Tessalonicenses, TODAS eram virgens, ou seja separadas, ou seja, influenciadas culturalmente pela mensagem do reino, etc...
4. Cristo vem e arrebata sua igreja (as virgens prudentes, os eleitos);
5. Satanás é solto após o milênio (não literal, mas que iniciou na cruz);
6. Satanás é permitido (por um pequeno período de tempo) enganar as nações (na minha visão ele enganará as virgens loucas, que eu reputo cristãos religiosos influenciados pelo mensagem do reino mas no fundo apenas joio (parece trigo, parece virgem, mas não é);
7. O final descrito nos últimos textos em Apocalipse;
8. Julgamento final;
9. Eternidade com Deus ou perdição sem Deus.

Faltou dizer que teonomia e visão pós-milenistas se encaixam perfeitamente. Mas já escrevi demais.

Desculpe se não fui claro, mas assim com estas palavras encerro minhas "refutações" sobre este livro em específico.

Um abraço

Jorge Fernandes Isah disse...

Natan,
Caramba, o irmão soltou a artilharia de vez!... Mas vamos lá, espero não sair desacordado em uma padiola, ou queimado pelo fogo amigo...
1) Comungo com você que a igreja não tem de ficar entre quatro paredes, que a vida cristã é para ser vivida 24 horas por dia, todos os dias, em todos os lugares, e de que devemos levar ao mundo a moral e a ética cristã. Mas o grande problema ou entrave é que, para a maioria das pessoas, Cristo veio apenas nos salvar, e não veio trazer nenhuma transformação real na vida (muitos se dizem salvos, mas continuam com o mesmo padrão pecaminoso de antes da “conversão”, alguns, até pioram).
Se a igreja caminha a passos largos para a apostasia isso não é fruto da visão escatológica, mas da recusa em aceitar e se sujeitar à Escritura. O liberalismo, o pluralismo, a pregação antibíblica, o evolucionismo, o pragmatismo e tantos outros “ismos” que servem à criatura e não ao Criador são frutos da descrença em Deus e Sua palavra, provavelmente, muito pouco ou nada tem a ver com a parousia, mas com a desobediência e rebeldia a Deus.
2) Outra função da igreja além do evangelismo é o discipulado. Somente assim, o corpo será santificado e capacitado a testemunhar a Cristo, o cabeça, a proclamar o Seu Evangelho, e ao viver cristão.
3) “Escatologia tem tudo a ver com visão ética de dia-a-dia da igreja. Na realidade estou convencido que a escatologia determina a ética...”. Pelo que entendi, os pré-milenistas e amilenistas, por serem mais pessimistas quanto à igreja e ao mundo, seriam antiéticos? E os pós-milenistas, por serem mais otimistas quanto à igreja e ao mundo, seriam éticos?
4) Volto novamente à questão principal: Não é a rejeição a Deus e à palavra que determinam a fragilidade, o mau testemunho, a incoerência e o fato de tantas heresias renascerem quando estavam mortas há séculos?
5) Quanto a igreja influenciar o mundo, ok. Estou contigo. Não a fórceps (legalismo), não pragmaticamente, nem se adequando aos padrões seculares.
Faço-lhe uma pergunta: em que sentido e de que forma a igreja reformada/evangélica tem mudado e influenciado o nosso país? Não estão no congresso, prefeituras, assembléias e câmaras um número inacreditável (para os padrões de trinta, quarenta anos atrás) de políticos que se dizem cristãos? E o que eles têm feito de benéfico para a sociedade?
Talvez o problema esteja aí: as igrejas estão com muito mais lobos que ovelhas, muito mais crentes nominais que nascidos-de-novo, muito mais religiosos que convertidos a Cristo. E o que uma igreja assim poderá fazer em prol do evangelho e da sociedade, a não ser “coabitar” com as trevas?
6) Perdoe-me, mas ainda que eu deseje um mundo transformado pelo Evangelho de Cristo, onde todos possam reconhecer Seu senhorio e adora-lO como o eterno Filho de Deus encarnado, não consigo ver onde, em todas as épocas e eras, instituições cristãs permaneceram fiéis à Escritura, e em professar e proclamar o Reino de Deus. Tanto na Europa como nos EUA universidades e fundações cristãs se secularizaram menos de um século depois de criadas (algumas em duas, três décadas). Se os próprios seminários estão-se deteriorando pelo liberalismo, onde a palavra de Deus não é mais inerrante, infalível e divinamente inspirada, onde Cristo é somente um homem, os milagres são mitos, e não há salvação nem céu nem inferno, o que se pode esperar em termos de “iluminar e salgar” o mundo?
7) Creio no poder de Deus, de fazer o que Ele quiser, e Ele pode transformar cada uma das almas existentes no mundo em fração de segundo. Contudo, fica a pergunta: é essa realmente a Sua vontade? De que todo o mundo se converta a Si? Penso que não. Se Israel é um protótipo da Igreja, uma figura da Igreja, por que todo o Israel não se converteu? Por que hoje a nação de Israel está cheia de místicos, ateus e legalistas?
8) Creio também no poder da Igreja, o qual nos foi dado por Cristo. Mas dentro da limitação imposta pelo nosso Senhor, como instrumento para que Ele opere segundo a Sua vontade. Não podemos fazer nada além daquilo que Ele estabeleceu antes dos séculos, da mesma forma, não faremos nada aquém do que Ele igualmente estabeleceu.
9) O seu esquema final ficou muito bom. Discordo que os itens 2 e 3 se refiram a um mundo completamente transformado, mas concordo que o número de eleitos (o qual é fixo e determinado por Deus na eternidade) aumentará gradativamente no tempo.
Fica a pergunta: Deus governa todo o universo, inclusive, o diabo e seus anjos e os incrédulos. De certa forma, fazem parte do Reino de Deus, visto que todos, salvos ou não, somos súditos dEle. Mas o Reino na parábola do grão de mostarda não significa apenas a Igreja, o remanescente de Israel?
10) Li, no “Tempora” (acho foi um comentário do Felipe Sabino), que o Gordon Clark era teonomista, não reconstrucionista e pré-milenista histórico. As três vertentes são realmente irreconciliáveis?
Abraços.

Oliveira disse...

Caro amigo Jorge e irmão de longas cartas virtuais

Na frente de batalha, não gostaria de ter um pessimista e crente na derrota como você.
Seríamos literalmente esmagados pelos inimigos.
Você empunha espada, já pensando que vai perder.

Saiba que o Rei dos Reis e Senhor dos Senhores é quem comanda esta batalha.
Saiba que as portas do inferno não prevalecerão contra o Reino (a Igreja invisível).
Saiba que serão tantos quanto a areia do mar.
Saiba que a Igreja (invisível) se tornará sombra para os povos;
Saiba que em todas as famílias da terra se acharão convertidos ao Senhor;
Saiba que quando o Noivo vier para as bodas, encontrará a maioria perfeitamente vestida para o evento e apenas "um" vestido com roupas erradas.

O que são 100 anos de aparente derrota e justamente os 100 anos de influência da doutrina dispensacionalista de John Darby?
E mesmo assim, se afastando do objeto de observação, olhando em perspectiva histórica, as igrejas visíveis, mesmo com erros doutrinários, são crescentes no mundo comparado com o último século.

Cristo Reina.
Louvado seja!
Que Sua fama cresça.
E que eu participe deste crescimento como servo útil para o que for preciso.

Saiba meu caro que a vitória é nossa, e que o Reino dos Céus, aquele que está no coração, e dentro de nós, será cada vez mais numeroso e será como AS ÁGUAS COBREM O MAR.

O teu mar está seco, meu caro.
Olhas o mar, e vês o quê?
Vês deserto.... vês sequidão... vês derrota....

Oro para que Deus abra os teus olhos como os do jovem servo de Eliseu, para que você olhe os exércitos de Deus pelejando para a vitória.
Oro para que olhes o mundo e veja longos e lindos campos prontos para a colheita.

Mesmo que precise morrer toda uma geração de pessimistas, o Reino crescerá.
Olho agora na minha Bíblia e vejo saltando aos meus olhos os versículos que pintei de verde e que falam desta doce esperança.
Não só esperança, mas realidade também.

Uma mensagem que iniciou com 12 ignorantes, e hoje contamina, mesmo que distorcido, a vida de bilhões, BILHÕES de pessoas, que já foram contaminadas por valores como monogamia, dia do descanso, etc, etc, etc, e etc....

Olhas o mundo pelo paradigma dos teus 40 anos, e eu te peço que olhes o Reino pelo paradigma de um milênio de gerações.
Um milênio de gerações são 40.000 anos.

Eu não uso a palavra ética como antônimo de anti-ética, mas com o viés de ética=prática. Assim a ética (prática) dos pré, dis, e amilenistas é uma ética (prática) que já pensa que o mundo vai de mal a pior e que a derrota é certa....

Com soldados assim, nenhum general desejaria ir para a batalha.

Porque as heresias já há muito mortas voltaram? Não foi justamente tudo nos últimos 100 anos? Da geração de John Darby e da Dona Margaret? É por isto mesmo que aquele autor do livro que debatemos chama esta de geração perdida.

Geração que gasta milhões comprando livros e coleções que lhes afirme uma mensagem que não serão "Deixados para trás".
Eles sonham acordados em serem abduzidos e arrebatados, livres do "Nicolae Carpatia", e assim fogem ou esperam fugir da responsabilidade de ir para a frente de batalha e lutar pelo Reino e se gastar nele, salgando, iluminando, e ensinando as nações.

Não pense nos políticos "cristãos" de hoje.
Pense naquele político holandês, que no século retrasado chegou a primeiro-ministro na Holanda, e foi um dos valentes do Reino.
Não lembro do nome, mas é um correlato de "Abraão Kuiper", falando "abrasileiradamente".

Os políticos "cristão" medíocres que lá estão, os televisivos "cristãos" medíocres que lá estão "vendendo", etc.... etc... etc.... lá estão pois são a mula de Balaão que está falando e gritando até para que os que deveriam lá estar, VOCÊ e EU, acordemos e saiamos do mosteiro da igreja visível, e corajosos assumamos nossos postos nas frentes de batalha.

Deus usa as "pedras" para falarem.
Você duvida? "Teve" alguns anos atrás um desfile de escola de samba pela TV e o comentarista disse que a escola tal não desfilaria porque a Igreja Universal do Reino de Deus tinha invadido o morro e a escola de samba simplesmente tinha perdido seus sambista para a igreja.

Não te parece que esta denominação seja uma "pedra" falando, já que os vivos como EU e TU, nos calamos?

E os hospitais espíritas que são muito mais numerosos do que os hospitais cristãos?
E as escolas deixadas para o Estado Laico?

Que Deus tenha misericórdia de nós.

Israel não é protótipo da Igreja, onde você leu isto?
Israel aponta para a Igreja Invisível, que em Israel foi sombra, e no Reino será triunfante.

OOOOOOhhhh! Abraão meu caro Jorge, levanta a cabeça e conta as estrelas......
Conseguiu contar?????
Assim será, bilhões, bilhões, bilhões, e incontáveis "estrelas" vivificadas, que farão parte da descendência de Abraão (pela fé), eleitos e vivificados pelo zelo e pelo poder de Deus.

"Levanta a cabeça e conta as estrelas..."

O seu grão de mostarda é sempre grão?????
O grão de mostarda da analogia bíblica, diferente do teu, se transforma em ÁRVORE FRONDOSA que produz sombra por todo o mundo.

Que Bíblia lês?

Gordon Clark não era perfeito, com nós também não somos.

Afaste-se por uns tempos na "academia militar da Palavra".
Aprende as artes da guerra e o manejo da "Espada".
Depois sai do mosteiro da igreja visível, e venha para a batalha no mundo real.

Guerreei pelo Reino.
A Vitória é certa.
O Senhor precisa de bons soldados, Ele precisa também de ti e de mim.

Não seja medroso, mas valente, olhe para Cristo, e lute!
O zelo do Senhor está do nosso lado, e Nele seremos mais do que vencedores.

"Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz. Do AUMENTO DESTE PRINCIPADO e da paz NÃO HAVERÁ FIM, sobre o trono de Davi e no seu reino, para o firmar e o fortificar com juízo e com justiça, desde AGORA E PARA SEMPRE; o ZELO DO SENHOR dos Exércitos FARÁ ISTO." Isaías 9.6-7

Jorge Fernandes Isah disse...

Irmão Natan,
Não se preocupe tanto comigo (não que eu despreze a sua preocupação, não é isso, pelo contrário, vejo nela o verdadeiro amor cristão), mas ocorre que a questão aqui é o livro do Rushdoony, uma crítica ao seu texto e à sua defesa do pós-milenismo, a qual, como disse, julguei inadequada e frágil do ponto de vista bíblico e mesmo filosófico.
Em relação ao que disse, continuo com a opinião de que os pós-milenistas se vêem como uma "casta" especial entre os cristãos, uma espécie de crentes superiores que viram o que ninguém mais foi capaz de ver. E você, em seu texto, passa essa impressão, ainda que eu saiba não sê-la (como intenção).
Mas toda essa discussão é irrelevante se não for respaldada e baseada na Escritura Sagrada, e qualquer argumento filosófico ou ideológico cairá por terra diante da improbabilidade escriturística.
O que buscamos, tanto eu como você, é manter-nos fiéis aos princípios bíblicos, à revelação de Deus em Sua palavra.
Creio que o seu maior erro seja taxar-me de "dispensacionalista" quando nem mesmo eu sei o que sou escatologicamente, e se tem algo que sei não ser é dispensacionalista. A minha visão está entre o pré-milenismo histórico e o amilenismo, o que para você é sinal apenas de desânimo, pessimismo, ineficácia e lassidão, ou seja, anticristianismo. E olha que a doutrina pós foi formatada há pouco mais de 300 anos, se não me engano, apesar de Agostinho, Atanásio e Calvino serem apontados como pós (no que há controversias).
Independente de quem seja pós, pré ou amilenista, o importante é a verdade bíblica, essa sim, irrefutável.
Espero que o estudo que iniciamos sobre Mateus 24 nos revele esta verdade, que deve ser o nosso desejo e o foco de nossas orações.
Abraços.

Oliveira disse...

Caro amigo Jorge

Me desculpe se pareci arrogante.
Não era minha intenção.

Escrevi apaixonadamente e por impulso.

O livro? Eu já até tinha esquecido dele... desde o início os meus comentários foram tentativas de defesa do pós-milenismo.

Um grande abraço e novamente receba minhas desculpas.

Jorge Fernandes Isah disse...

Irmão e amigo Natan,
Não tem do que se desculpar. Como disse, sei que você não é arrogante, e nem foi essa a sua intenção. Quanto ao seu estilo apaixonado e impulsivo de escrever, saiba que ele me agrada muito.
Quando falei do "ar" superior dos pós-milenistas, quis referir-me ao movimento como um todo, mas sei que há, com certeza, pós-milenistas que não são assim, nem se consideram superiores, como você.
Fique tranquilo, não me melindrei, e sabe que o tenho em alta estima e uma das pessoas que mais tenho prazer em dialogar e debater.
Um forte abraço.

Após a leitura, classificarei os livros assim:
Péssimo [0] Ruim [*] Regular [**] Bom [***] Muito Bom [****] Excelente [*****]