O Período Interbíblico [**]




Enéas Tognini
Editora Hagnos
224 páginas


"O período interbíblico revela as transformações pelas quais o judaísmo passou entre os persas, os gregos e os romanos. Também como surgiram as principais seitas do judaísmo, como os saduceus, os fariseus e os enigmáticos essênios. E o mais importante: explica como Deus agiu na preparação social e espiritual do mundo para a vinda do Messias"

Um comentário:

Jorge Fernandes Isah disse...

Este livro é uma introdução ao período interbíblico, portanto, não é exaustivo, mas traça caminhos e campos onde o leitor poderá se guiar para uma pesquisa mais aprofundada e especializada sobre o tema.

O texto é claro e objetivo, com capítulos divididos em tópicos curtos.

A primeira parte trata do período em que Deus falou ao povo de Israel através dos seus profetas. Mostra algumas características do ambiente em que se desenvolveu o período, a partir das transformações culturais, políticas e sociais da época.

A segunda parte trata especificamente do período interbiblico, onde Deus manteve-se em silêncio com a nação de Israel, período em que Israel sofreu várias invasões e foi dominado por povos como persas, gregos e romanos. É nesse ambiente de luta política e social, que o Senhor Jesus virá ao mundo, como o Messias.

Eles esperavam um Messias que viesse restaurar o Israel político, a nação, enquanto Cristo veio instaurar o seu Reino, sem fronteiras e época demarcadas, mas que se expandiu por todo o mundo.

Algo que eu não sabia e que o livro revela é que, durante o período interbíblico, Israel definitivamente aboliu e rejeitou qualquer forma de idolatria religiosa. Se antes, mesmo em reinados como o do sábio Salomão, Israel se tornou um país idólatra, cultuando outros deuses, a partir dessa fase, arraigou-se no âmbito religioso a adoração somente ao Deus bíblico e revelado, o que até hoje é obstinadamente defendido pelos judeus.

Há um pequeno capítulo sobre a filosofia judaica, e as influências do helenismo, especialmente, em sua teologia.

Por fim, a última parte, trata da preparação para o advento do Messias, de tal forma que Roma dominava o mundo conhecido de então, e o Evangelho de Cristo pode ser disseminado em todos os lugares, facilitado exatamente pelas fronteiras ilimitadas do Império.

Quase ia me esquecendo: a introdução ao livro trata diretamente sobre os apócrifos, em especial, aqueles pertencentes à Bíblia católica; definindo termos e fontes históricas, as quais, em especial, são provenientes dos próprios apócrifos e do historiador Flávio Josefo, judeu, fariseu, e feito cidadão romano.

Após a leitura, classificarei os livros assim:
Péssimo [0] Ruim [*] Regular [**] Bom [***] Muito Bom [****] Excelente [*****]