Arthur W. Pink
Publicações Monergismo
"Existem duas coisas que são indispensáveis à vida do cristão: primeira, um claro conhecimento do dever; e segundo, uma consciênciosa prática do dever correspondente a esse conhecimento. Como não podemos ter uma bem firmada esperança sem obediência, assim também não podemos ter uma regra segura de obediência sem conhecimento. Embora possa haver conhecimento sem prática; todavia, não é possível a prática da vontade de Deus sem conhecimento. Portanto, para que pudéssemos estar informados do que devemos fazer, e o que devemos evitar, agradou ao Soberano e Juiz de toda a terra prescrever para nós leis para o regulamento das nossa ações. Quando tínhamos miseravelmente desfigurado a Lei da natureza, originalmente escrita em nosso coração, de modo tal que muitos de seus mandamentos não eram mais legíveis, pareceu bem ao Senhor transcrever essa Lei nas Escrituras e nos Dez Mandamentos temos um sumário da mesma" (4a. capa).
13 comentários:
Muitos se perguntam: O crente deve seguir a Lei Moral?
Há dois aspectos a serem abordados:
1)A Lei Moral é o padrão de santidade que Deus deu ao homem, portanto, é algo que revela o caráter santo e puro do nosso Senhor. Então a Lei Moral somente pode ser revogada por Aquele que a criou, o seja, o próprio Deus. Se tal não ocorreu expressamente ou por exemplo na Escritura, ela mantém-se válida para todo o homem, não somente o crente, mas para toda a sociedade.
2)A Lei Moral não tem o caráter salvífico em seu cumprimento. Como o homem é incapaz de cumpri-la (ainda que deva cumpri-la), coube ao nosso Senhor Jesus fazê-lo por nós, e expiar os nossos pecados na cruz do Calvário.
Qualquer idéia legalista de cumprir a Lei para a salvação, ou para que o homem seja justificado através dela, é pecado, e trará sobre ele somente a ira e a condenação de Deus.
Partindo destas duas premissas bíblicas, fica claro que Deus quer de nós o cumprimento da Lei, como meio de santificar o Seu povo, e como restrição do mal e do pecado entre a sociedade.
Dizem que Cristo ao cumprir a Lei, libertou-nos de obedecê-la. Isso é falho e enganoso. O próprio Senhor afirmou que não veio abrogá-la mas cumpri-la (Mt 5.17-18), e, no Sermão do Monte, elevou-a ao nível não somente de atitude, mas de pensamento, desejo, ainda que irrealizável; fazendo-a mais exigente, mais condenatória ainda.
Portanto, a Lei Moral é relevante no crente como norteador da vida cristã, e santificadora.
Há ainda de se notar que a Lei funciona como "aio", a nos revelar o pecado e a necessidade de arrependimento diante do Deus santo, reto e puro.
A Lei Moral tem em seu caráter geral a aplicabilidade na sociedade, a fim de que aja como instrumento de restrição ao mal e ao pecado. Desta forma ela é pertinente e eficaz para todos os homens, como manifestação da santidade e sabedoria de Deus.
A Lei Moral em seu caráter específico não é um sinal para a salvação, mas o sinal de que os crentes foram e são salvos, sujeitando-se à obediência de Deus e Sua Lei (sinal de reverência e temor do Senhor).
"Tão abrangente é a Lei Moral que sua autoridade se estende a todas as ações morais de nossas vidas. O restante das Escrituras é apenas um comentário sobre os Dez Mandamentos, quer nos estimulando à obediência por meio de argumentos, persuadindo-nos por promessas, refreando-nos da transgressão por ameaças, ou nos compelindo a um e refreando do outro por exemplos registrados nas porções históricas. Corretamente compreendidos, os preceitos do Novo Testamento são apenas explicações, amplificações e aplicações dos Dez Mandamentos" (pg. 21).
Primeiro Mandamento:
"Não terás outros deuses diante de mim" (Ex 20.3).
Não há muito o que dizer além do próprio versículo, o qual é claro e contundente.
Do ponto de vista negativo, o homem está proibido de buscar, desejar, amar ou cultuar "deuses" inventados por sua mente e coração corruptos.
Do ponto de vista positivo, você escolherá, adorará e servirá apenas ao Deus Único e Vivo, o Deus bíblico, o qual é sobre tudo e todos.
É claro que isso somente se dará se o homem for regenerado pelo Espírito Santo, o seu espírito rebelde for transformado pelo novo-nascimento, e sujeitar-se a Deus.
De outra forma, manter-se-á em inimizade eterna com Ele.
Segundo Mandamento:
"Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o Senhor teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos, até a terceira e quarta geração daqueles que me odeiam. E faço misericórdia a milhares dos que me amam e aos que guardam os meus mandamentos" (Ex 20.4-6).
Este mandamento coloca o homem em pecado ao não glorificar a Deus conforme a Sua vontade e prescrição. Em João 4.24, o Senhor Jesus diz: "Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade".
Deus jamais será glorificado por qualquer representação da Sua criação, ainda que sejam as maravilhas da Sua obra, as estrela ou os anjos, por exemplo.
Esse tipo de "adoração" leva o adorador a uma imitação da verdadeira adoração, e o seu objeto de adoração não é outro senão o próprio diabo. E como é uma imitação, ela é falsa, mentirosa, opondo-se flagrantemente à afirmação de Cristo, e em desagrado eterno a Deus.
Igualmente, esse tipo de adoração tem o claro objetivo de "rebaixar" Deus (se fosse possível), de inferiorizá-lo ao nível da Sua criação, exaltando a criação; e quem mais quer ser exaltado ao trono de Deus do que satanás?... Ao invés de glorificá-lO, esse adorador está desprezando-O com o que de mais intenso e rebelde existe em seu coração e mente. É fruto da corrupção e inimizade do homem para com Ele, o Todo-Poderoso criador de todas as coisas, sem o qual nada existiria.
Igualmente, esse adorador está em oposição a Mt 22.37:" Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento". É possível louvar e glorificar a Deus adorando uma forma inferior (seja humana, animal, os astros, ou anjos: todas as formas são criaturas de Deus) que o representa depreciativamente, e ainda assim agradá-lO?
Pense comigo: A Bíblia afirma que Deus não divide a Sua glória com ninguém, como poderia dá-la à imagem e escultura? "Eu sou o Senhor; este é o meu nome; a minha glória, pois, a outrem não darei, nem o meu louvor às imagens de escultura" (Is 42.8).
Os que assim crêem que Deus faz, não O conhecem, e estão em flagrante rebeldia, infringindo a Sua Lei, logo, pecando.
Terceiro Mandamento: "Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão; porque o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão" (Ex 20.7).
Temos de reverenciar e glorificar o nosso Deus em tudo; então, tomar o Seu santo nome em vão é pecado, mas tratá-lo com distanciamento, como um nome impronunciável como faz o judaísmo, também é pecado.
Ele quer que O honremos mas que tenhamos intimidade consigo, a mesma intimidade que Cristo tem.
Como filhos adotivos em Cristo devemos nos dirigir ao Senhor respeitosamente, não somente com os lábios, mas com o nosso coração, sendo que a nossa vida servirá de testemunho de que não somos hipócritas nem bastardos.
Portanto, não pronunciar o nome de Deus em vão representa que os nossos lábios são santos, assim como os nossos pensamentos e ações também; e assim, agindo ao contrário, não caia sobre o blasfemo a ira e a condenação divinas.
Quarto Mandamento: "Lembra-te do dia do sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás, e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus; não farás nenhuma obra, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro, que está dentro das tuas portas. Porque em seis dias fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou; portanto abençoou o Senhor o dia do sábado, e o santificou" (Ex 20.8-11).
O texto hebraíco usa a palavra "Shabbath" que não quer dizer o "sábado" em português, mas "descanso do labor, do trabalho". Para os judeus o sétimo dia era o sábado, para nós cristãos, o shabbath é o primeiro dia, o domingo (entendo que o texto bíblico não fala de um dia específico da semana, mas do sétimo dia, o dia após os seis dias de trabalho, podendo ser a terça ou a sexta-feira [diferentemente da distorção adventista], desde que seja o dia dedicado às coisas do Senhor, o descanso dos afazeres e tarefas diárias e mundanas para a esperança futura do descanso eterno, o qual Cristo já trouxe à vida dos Seus servos).
"Assim será visto que a indicação do Shabbath não foi qualquer restrição arbitrária sobre a liberdade do homem, mas uma provisão misericordiosa para o seu bem: que ele foi planejado como um dia de alegria e não de melancolia... um antegozo daquela vida futura e melhor diante da qual a presente não é mais que uma provação, quando podemos nos voltar inteiramente daquilo que é material para aquilo que é espiritual" (pg. 42).
O Shabbath foi feito para o homem (Mc 2,27); ele foi ordenado por Deus para o bem do homem; e é uma prova da obediência dos servos a Ele, e de que a vida não significa desprezar a sabedoria divina, antes deleitar-se no Senhor e glorificá-lO sujeitando-se e servindo-O.
Quinto Mandamento: "Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor teu Deus te dá" (Ex 20.12).
Honrar pai e mãe, aqueles que nos trouxeram à vida, como instrumentos de Deus para a nossa existência, é uma ordenação, mas sobretudo, uma reverência particular a eles, e que denota obediência e sujeição a Deus.
O título "pai" é usado para indicar reis (1Sm 24.11;Is 49.23), mestres (2Rs 5.13), e ministros do Evangelho (2Rs 2.12;Gl 4.19), portanto, representa que devemos honrar as autoridades, as quais foram instituidas por Deus, como manifestação da Sua vontade, sujeitando-nos a elas (1Pe 2.13).
Há dúvidas se devemos seguir leis ímpias e governantes ímpios, assim como se deva honrar pais perversos.
Creio que, desde que pais e governantes e leis não impliquem em negação da fé cristã ou de Deus, devemos nos sujeitar a elas e cumpri-las. Sei a dificuldade de entender tal posição e aceitá-la, mas em Atos não vemos revoltas ou insubordinações dos cristãos às decisões das autoridades tanto romanas como religiosas judaícas. A exceção, em todos os casos, foi desobedecer à ordem de negar a Cristo e ao Evangelho, ao que os cristãos não se sujeitaram.
É algo controverso, sei disso, e quem sabe oportunamente estudaremos a questão.
Em princípio, vejo como biblicamente correta a sujeição aos governos e autoridades constituídas pelo próprio Deus, e que não estão ali se não fosse por Sua vontade.
Sexto Mandamento: "Não Matarás" (Ex 20.13).
O mandamento proíbe o assassinato, "o qual é o primogênito do diabo" que foi homicida desde o princípio (Jo 8.44).; e transmitido ao primeiro homicida da história, Caim, que matou o seu irmão Abel.
Isso não implica que toda a morte seja assassinato, por exemplo:
1) A pena de morte de um assassino condenado é o cumprimento de Gn 9.6 e Dt 19.21. Portanto, a autoridade humana foi investida por Deus a aplicar a pena capital conforme a justiça divina assim o declarou.
2) Não é pecado matar na guerra justa contra o invasor ou para recuperar o que foi injustamente levado (veja 2Sm 10; Lc 3.14; Jo 18.36).
3) A morte por acidente, quando não há a intenção nem o ódio no coração (Dt 19.5-6; Ex 21.22-24).
Há ainda o caso do suícidio que é um autoassassinato, e segundo Pink, como o autor não pode se arrepender, ele acaba por destruir não somente o corpo mas a alma também; significando que, para o autor, o suicida está condenado à morte eterna, pois ao cometer esse crime não revelou ser um eleito de Deus, e somente os eleitos serão salvos.
Está é uma visão do judaísmo, com a qual a ICR concorda. Porém, existem muitos pastores e teólogos que discordam dessa visão, acreditando que mesmo um eleito pode cometer suícidio e ainda ser salvo.
Pelo que entendo das Escrituras, concordo com Pink, e creio que um suicida não demonstra nem revela os frutos do Espírito Santo; ainda que estejamos suscetíveis ao pecado, não vejo como um salvo pode destruir o templo do Espírito Santo (há relatos na história de santos como Eliseu que entrou em depressão, mas não pôs cabo à vida, antes orou a Deus para matá-lo, pois, entendia que a vida pertence a Deus e somente Ele pode tirá-la).
Pink reflete sobre a ira como um pecado quanto tem o objetivo de vingança ou destruição; mas existe a "ira santa" a qual está próxima da indignação (foi o que aconteceu com o Senhor Jesus ao expulsar do templo os vendilhões e mercadores; pelo zelo que possuía com a casa de Deus).
A ira não pode ser injusta, sem motivo, conforme Mt 5.22; e não pode ser imoderada, excessiva ou a ferver continuamente (Ef 4.26).
Sétimo Mandamento: "Não adulterarás" (Ex 20.14).
O homem se une à mulher e formam uma só carne. Este mandamento tem o objetivo de nos manter puros, incontaminados com o pecado da cobiça, pois só pode ser praticado por pessoas casadas (e o casal tem de se manter fiel à aliança mútua).
Assim como Paulo diz, o corpo do marido pertence à esposa, e o corpo da esposa pertence ao marido. Mas mais do que isso, o nosso corpo pertence a Deus: "Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos?" (1Co 6.19).
O adultério é a violação da aliança e os votos do casamento, além de que, o adúltero peca contra o próprio corpo (1Co 6.18).
Porém, a Lei de Deus é espiritual, e o fato do homem ou mulher não praticarem o ato sexual exterior mas permitir pensamentos lascívos e imorais, por si só consiste em pecado, e quem o pratica despreza a Deus, conforme nos alertou o Senhor Jesus em Mt 5.28.
Há ainda o adultério espiritual que é "o amor ao mundo fazendo o coração estranho a Deus, as cobiças carnais atraindo a alma e levando-a para longe dEle" (pg. 65). Como nos exorta claramente a Escritura: "Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus" (Tg 4.4)
Oitavo Mandamento: "Não furtarás" (Ex 20.15).
A base é o respeito com as coisas alheias, e até bem mais do que isso, o cuidado com elas.
Cristo disse que amar ao próximo como a si mesmo era o segundo mais importante mandamento (o primeiro, amar a Deus sobre todas as coisas), e que resume objetivamente os cinco últimos mandamentos do Decálogo, cujo cumprimento é fundamental para que se viva em paz com o próximo.
Quem furta, não comete apenas um pecado, mas dois: o furto em si e o não amor ao próximo.
"Deus é roubado quando retemos a glória que a ele é devida, e somos ladrões espírituais quando arrogamos para nós mesmos a honra e o louvor que só a ele pertencem" (pg. 69).
Quando somos infiéis no desempenho da nossa mordomia, furtamos a Deus. Os nossos bens e posses (independente do tamanho) devem ser usados com diligência e sabedoria para provermos para nós e aqueles que dependem de nós. Nossos bens e posses devem ser usados para a glória de Deus.
Nono Mandamento: "Não dirás falso testemunho" (Ex 20.16).
Este pecado não se refere apenas ao perjúrio ou o falso testemunho em tribunal. Mas remete-nos a "qualquer palavra nossa que possa ferir a reputação do nosso próximo, seja ela pronunciada em público ou em privado" (pg 73).
É o controle do nosso falar: "Se alguém não tropeça em palavra, o tal é perfeito, e poderoso para também refrear todo o corpo" (Tg 3.2).
Positivamente, esse nono mandamento nos ensina que o nosso falar deve ser sempre verdadeiro e expresso em amor, conservando a verdade (Ef 4.15).
Negativamente, proíbe todo pronunciamento falso e injurioso quanto ao nosso próximo.
Esse pecado nos faz mais parecidos com o diabo, e quanto mais malícia entra na composição de qualquer mentira, mais proximamente alguém se assemelha a ele, porque "ele é mentiroso, e pai da mentira" (Jo 8.44).
Décimo Mandamento: "Não cobiçarás a casa do teu próximo, não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo" Ex 20.17).
Aqui temos a concupiscência ou o desejo ilegal pelo que é de outro homem.
Como nos demais mandamentos, o escopo aqui não é apenas a exteriorização do pecado, o ato consumado em si mesmo, mas a geração que ocorre no coração do homem, que mesmo não praticando a cobiça pode torná-lo real em sua mente, planejando, idealizando, alimentando-a.
Portanto, a cobiça deve ser repreendida em seu nascedouro, devemos rejeitar qualquer estímulo ou impulso maligno em relação ao objeto-alvo da cobiça, para que não seja acolhida na mente, e gere uma relação de deleite e simpatia entre o homem e o objeto (o prazer carnal e impuro).
Assim, não estaremos abrindo concessão ao impulso pecaminoso, do contrário, a vontade carnal decidirá executá-lo, e o pecado se formou completamente no nosso interior.
"Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência. Depois, havendo a concupiscência concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte" (Tg 1.14-15).
A cobiça é a causa de outros pecados, e se for adiante, nos levará a cometer outras proibições da Lei, que o levará à perdição e condenação final.
Concluindo: "Deus nos deu sua santa Lei para que possamos ver o absoluto desespero do nosso caso, se formos entregues a nós mesmos. Isso ele fez para nos levar até Cristo e à magnitude de sua graça para com os pecadores arrependidos. E é o seu amado Filho que obedeceu perfeitamente a Lei, que o Pai se agrada!" (pg. 85)
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