MacArthur aborda o movimento da "igreja amigável", a qual é gerida não pela vontade de Deus, mas pela vontade dos seus frequentadores, os quais estabelecem como serão os padrões de atividade, prática e moral dessas igrejas, em conformidade com o marketing institucional que afirma: o freguês tem sempre razão. O frequentar não passa de um consumidor, e Deus é um produto de consumo. Então, a soberania de Deus tão claramente exposta nas Escrituras dá lugar à soberania do incrédulo, o qual está na igreja como poderia estar no cinema, teatro ou clube de carteado, divertindo-se. A mensagem é extritamente mundana, confortadora e acomodadora dos pecados nos pecadores. Faz-se de Cristo e do Evangelho um meio de comércio e de propagação dos ideais díabólicos. Ao invés da Igreja alvoroçar o mundo (At 17.6), o mundo é que está alvoroçando a igreja, pondo-a de cabeça para baixo. "A Bíblia, e não o plano de marketing, deve ser o único guia e autoridade final para todo o ministério eclesiástico. Em vez de acalentar o egoísmo das pessoas, o ministério da igreja deveria atender às verdadeiras necessidades delas. O Senhor da igreja é Cristo e não um 'Zé da poltrona' com um controle remoto nas mãos" (pg 52-53).
A Igreja não é um lugar para se ser "amigável" com o pecado, e onde se brinca com o pecador, num modelo em que eles são encorajados a manterem-se comprometidos com a iniquidade, permanecendo impenitentes, desprezando e opondo-se deliberadamente a Deus. A Igreja não é lugar de escárnio e irreverência, nem de "afagos" para com o mundo e o pecado. Antes, é o lugar onde se deve desejar a retidão,a verdade e corações submissos a Deus. Por isso, Ele estabeleceu a "disciplina na Igreja", com a qual ela será purificada, num processo de se "desligar" os pecadores inconversos, e onde os pecadores arrependidos serão restaurados(At 5.11; 1Pe 4.17; 1Co 11.31; Mt 18.18-20). Se esse processo não ocorrer, cairá sobre a Igreja o juízo divino (1Co 11.30).
Leitura fundamental a todo crente. MacArthur usa uma linguagem pastoral para mostrar os desvios, o declínio e a corrupção existentes em boa parte do movimento evangélico atual (neo-evangelicalismo); onde a Palavra de Deus deu lugar às ciências humanas: Antropologia, Sociologia, Psicologia... acrescida do veio comercial/pragmático do Marketing; onde o espírito ministerial deu lugar às manobras empresariais. À luz das Escrituras, o autor desnuda e expõe a corrupção, a pecaminosidade, a degradação e o mundanismo, os quais fundamentam o "neo-evangelicalismo", que é a síntese da igreja extra-bíblica e anti-cristã, insurgindo-se contra a Palavra de Deus, ao diluir, mascarar e desprezar a revelação dada por Ele através das Escrituras. A se destacar o cap. 6 e 8, onde MacArthur discorre sobre o poder e a soberania de Deus na salvação. Altamente recomendado.
Esqueci-me de que, ao final do livro, MacArthur conclui com 2 apêndices: 1)Spurgeon e a Controvércia do Declínio, na qual, o príncipe dos pregadores, 120 anos atrás, rompia com a União Batista em virtude do liberalismo e da falta de fidelidade às Escrituras que a associação claramente assumia(ainda que de forma sutil). Spurgeon alertou-os quanto à negação do Evangelho de Cristo e das doutrinas bíblicas, as quais deram lugar à incredulidade, heresias e a pregação de "outro" evangelho. Ainda assim, a U.B. manteve-se "firme" em seu propósito de negar o Evangelho, não diretamente, mas ao não decidir-se por uma retomada dos princípios bíblicos. Àquela época, a heterodoxia ganhava espaço, fazendo suas vítimas, numa flagrante oposição a Deus e à Sua Palavra. 2)Charles Finney e o Pragmatismo Evangélico Norte-Americano - Finney, como ninguém, soube usar de todos os meios possíveis e inimagináveis a fim de "converter" pessoas a Cristo(o que reflete na loucura do homem e da igreja nos dias atuais). Para tanto, usou de vários subterfúgios psicologicos, estratégicos e filosóficos. Por onde passou, ao invés de plantar a semente da Palavra, pregava o ufanismo humano, fazendo a sua "platéia" crer que o "aceitar" a Cristo era uma mera questão de decisão do homem, sem qualquer participação divina. Ele assumiu o oposto ao que as Escrituras afirmam. Sua "teologia" calcada na filosofia e na lógica humana a qual é loucura para Deus ("para que nenhuma carne se glorie perante Ele" - 1Co 1.29),levou milhares de pessoas à falsas conversões e igrejas a um estado de impiedade pior do que o anterior, quando expostas aos métodos de Finney. Um alerta ao pragmátismo vigente, contaminante e blasfemo de parte da igreja atual.
O apêncide 3 é um trecho do livro "A Soliloquy on the Art of Man-Fishing", de Thomas Boston, onde ele alerta e expõe, nos idos do sex. XVIII, sobre o veneno do pragmatismo ou sabedoria carnal/humana, em detrimento à sabedoria espiritual/divina, a qual nos é dada pela revelação nas Escrituras. Novamente, fica claro que satanás repete-se a si mesmo no tempo, servindo-se dos incautos e de sua soberba "incapacidade".
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MacArthur aborda o movimento da "igreja amigável", a qual é gerida não pela vontade de Deus, mas pela vontade dos seus frequentadores, os quais estabelecem como serão os padrões de atividade, prática e moral dessas igrejas, em conformidade com o marketing institucional que afirma: o freguês tem sempre razão.
O frequentar não passa de um consumidor, e Deus é um produto de consumo. Então, a soberania de Deus tão claramente exposta nas Escrituras dá lugar à soberania do incrédulo, o qual está na igreja como poderia estar no cinema, teatro ou clube de carteado, divertindo-se.
A mensagem é extritamente mundana, confortadora e acomodadora dos pecados nos pecadores. Faz-se de Cristo e do Evangelho um meio de comércio e de propagação dos ideais díabólicos.
Ao invés da Igreja alvoroçar o mundo (At 17.6), o mundo é que está alvoroçando a igreja, pondo-a de cabeça para baixo.
"A Bíblia, e não o plano de marketing, deve ser o único guia e autoridade final para todo o ministério eclesiástico. Em vez de acalentar o egoísmo das pessoas, o ministério da igreja deveria atender às verdadeiras necessidades delas. O Senhor da igreja é Cristo e não um 'Zé da poltrona' com um controle remoto nas mãos" (pg 52-53).
A Igreja não é um lugar para se ser "amigável" com o pecado, e onde se brinca com o pecador, num modelo em que eles são encorajados a manterem-se comprometidos com a iniquidade, permanecendo impenitentes, desprezando e opondo-se deliberadamente a Deus.
A Igreja não é lugar de escárnio e irreverência, nem de "afagos" para com o mundo e o pecado. Antes, é o lugar onde se deve desejar a retidão,a verdade e corações submissos a Deus.
Por isso, Ele estabeleceu a "disciplina na Igreja", com a qual ela será purificada, num processo de se "desligar" os pecadores inconversos, e onde os pecadores arrependidos serão restaurados(At 5.11; 1Pe 4.17; 1Co 11.31; Mt 18.18-20). Se esse processo não ocorrer, cairá sobre a Igreja o juízo divino (1Co 11.30).
Leitura fundamental a todo crente. MacArthur usa uma linguagem pastoral para mostrar os desvios, o declínio e a corrupção existentes em boa parte do movimento evangélico atual (neo-evangelicalismo); onde a Palavra de Deus deu lugar às ciências humanas: Antropologia, Sociologia, Psicologia... acrescida do veio comercial/pragmático do Marketing; onde o espírito ministerial deu lugar às manobras empresariais.
À luz das Escrituras, o autor desnuda e expõe a corrupção, a pecaminosidade, a degradação e o mundanismo, os quais fundamentam o "neo-evangelicalismo", que é a síntese da igreja extra-bíblica e anti-cristã, insurgindo-se contra a Palavra de Deus, ao diluir, mascarar e desprezar a revelação dada por Ele através das Escrituras.
A se destacar o cap. 6 e 8, onde MacArthur discorre sobre o poder e a soberania de Deus na salvação.
Altamente recomendado.
Esqueci-me de que, ao final do livro, MacArthur conclui com 2 apêndices:
1)Spurgeon e a Controvércia do Declínio, na qual, o príncipe dos pregadores, 120 anos atrás, rompia com a União Batista em virtude do liberalismo e da falta de fidelidade às Escrituras que a associação claramente assumia(ainda que de forma sutil). Spurgeon alertou-os quanto à negação do Evangelho de Cristo e das doutrinas bíblicas, as quais deram lugar à incredulidade, heresias e a pregação de "outro" evangelho. Ainda assim, a U.B. manteve-se "firme" em seu propósito de negar o Evangelho, não diretamente, mas ao não decidir-se por uma retomada dos princípios bíblicos. Àquela época, a heterodoxia ganhava espaço, fazendo suas vítimas, numa flagrante oposição a Deus e à Sua Palavra.
2)Charles Finney e o Pragmatismo Evangélico Norte-Americano - Finney, como ninguém, soube usar de todos os meios possíveis e inimagináveis a fim de "converter" pessoas a Cristo(o que reflete na loucura do homem e da igreja nos dias atuais). Para tanto, usou de vários subterfúgios psicologicos, estratégicos e filosóficos. Por onde passou, ao invés de plantar a semente da Palavra, pregava o ufanismo humano, fazendo a sua "platéia" crer que o "aceitar" a Cristo era uma mera questão de decisão do homem, sem qualquer participação divina. Ele assumiu o oposto ao que as Escrituras afirmam. Sua "teologia" calcada na filosofia e na lógica humana a qual é loucura para Deus ("para que nenhuma carne se glorie perante Ele" - 1Co 1.29),levou milhares de pessoas à falsas conversões e igrejas a um estado de impiedade pior do que o anterior, quando expostas aos métodos de Finney. Um alerta ao pragmátismo vigente, contaminante e blasfemo de parte da igreja atual.
O apêncide 3 é um trecho do livro "A Soliloquy on the Art of Man-Fishing", de Thomas Boston, onde ele alerta e expõe, nos idos do sex. XVIII, sobre o veneno do pragmatismo ou sabedoria carnal/humana, em detrimento à sabedoria espiritual/divina, a qual nos é dada pela revelação nas Escrituras.
Novamente, fica claro que satanás repete-se a si mesmo no tempo, servindo-se dos incautos e de sua soberba "incapacidade".
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