Confrontações Pressuposicionalistas

Vincent Cheung
Monergismo.com
Íntegra do livro em português disponível gratuitamente em
www.monergismo.com/wp-content/uploads/confrontacoes_press_cheung.pdf

"Começando com uma discussão sobre o papel das pressuposições em nosso pensamento, o primeiro capítulo mostra que todos os argumentos são, no final das contas, estabelecidos somente apelando-se à validade dos nossos primeiros princípios. Então vem uma exposição do encontro de Paulo com os atenienses em Atos 17, que mostra como o apóstolo confrontava as religiões e filosofias não-cristãs, e como podemos espelhar sua postura quando fazendo apologética e evangelismo hoje. O último capítulo inclui exortações para fazer apologética bíblica com maior agressividade".

7 comentários:

Jorge Fernandes Isah disse...

Minha tentativa do que vem a ser pressuposição: É a relação de sentido entre duas proposições em que se A é verdadeira, B também é verdadeira, mas se A for falsa, B mantém-se verdadeira. A sua propriedade permanece mesmo quando se faz a negação da proposição.
Por exemplo: Se digo "O meu gato se chama Bichano", pressuponho que existe um gato específico o qual me pertence. Se nego o dito, dizendo: "O meu gato NÃO se chama Bichano", pressuponho o mesmo, ou seja, existe um gato que é meu.
Porém, se afirmou: "O meu gato se chama Bichano, mas não tenho gato", é uma contradição, porque eu dei a entender que o tinha, em outras palavras.
Portanto, as pressuposições contribuem para a representação de um mundo, idéia ou a sua construção.

Jorge Fernandes Isah disse...

A interpretação correta de qualquer evento somente ocorrerá se as pressuposições do observador forem corretas sobre "o universo em geral, e a coisa que está sob observação em particular" (pg 6).
Assim, pressuposições erradas levam a uma interpretação falsa do objeto observado.

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A observação não é confiável e a verdade não pode ser conclusivamente estabelecida pela observação (o autor cita o texto de João 12.28-29, quando Deus declara que já glorificara o Senhor Jesus e, os "observadores" supunham que a voz de Deus era um trovão ou um anjo que havia falado, não Deus).
Então "a observação em si não fornece nenhum significado ou informação inteligível... deve haver certas idéias inatas que já estão na mente antes de qualquer experiência ou observação... a experiência ou observação, na melhor das hipóteses, pode apenas estimular você a lembrar e aplicar o conhecimento inato que você tem sobre Deus" (pg. 7-8).

Anônimo disse...

Oi Jorge. Estou na expectativa da publicação desse livro, pois como eu disse anteriormente, estou com preguiça de ler em PDF. Se me permite, gostaria de indicar três livros seculares que podem ajudar no esclarecimento de algumas coisas ditas pelo Cheung. Sendo livros seculares, é claro que não compartilham da cosmovisão cristã no que diz respeito às respostas mas as questões formuladas e o desenvolvimento de algumas respostas ajudam a elucidar o posicionamento bíblico. São eles: "A Teoria do Conhecimento - Uma Introdução Temática" (Paul K. Moser e outros, editora Martins Fontes), "O Que é Ciência Afinal?" (Alan Chalmers, editora Brasiliense - provavelmente o melhor livro em português e um dos melhores já publicado sobre filosofia da ciência) e "A Força da Convicção" (Jean-Claude Guillebaud, editora Bertrand Brasil). São livros sobre epistemologia e filosofia da ciência. Gordon Clark dizia (estou citando de cabeça, então não será uma citação literal) que a questão sobre o conhecimento era a mais importante de todas, pois se você não tiver uma teoria do conhecimento defensável, se você não puder justificar aquilo que alega conhecer, como você espera dizer qualquer coisa inteligível, racional e verdadeiro sobre a realidade? Um abraço!

Jorge Fernandes Isah disse...

Osmar,
Obrigado pelas dicas. Vou comprar pelo menos dois dos livros que me indicou (por hora), pois o assunto sobre epistemologia é algo pelo qual me interesso e do qual não sei nada, como você percebeu. É que estou engatinhando em filosofia; e creio que seria bom indicar no blog livros que tratem dos mais diferentes aspectos da literatura, seja teologia, filosofia, ficção, etc. Não sei se serei capaz de executar esta tarefa, mas oro para que Deus me capacite.
Quanto a este livro do Cheung, dei uma parada na esperança de que o Felipe venha a publicá-lo fisicamente (assim como está a fazer com o Autor do Pecado), mas, ao menos agora, ele não consta na grade das futuras publicações do Monergismo.
Portanto, acho que voltarei a ele brevemente.
Se puder, indique-me um livro sobre lógica, e filosofia da ciência (não há problema em serem seculares; por favor, apenas escolha os que não sejam muito complexos. Prefiro iniciar no beabá mesmo).
Mais uma vez, obrigado pelas dicas.
Em breve, você poderá me auxiliar nos comentários a esses livros.
Abraços.

Anônimo disse...

Oi Jorge!

Eu também não sou nenhum especialista, só um curioso muito curioso, rsrs. Bem, um ótimo livro introdutório à lógica é "Use a Lógica - Um Guia para o Pensamento Eficaz" do D. Q. McInerny (foi professor de lógica na Universidade de Notre Dame), editora Best Seller (seria ótimo se você conseguisse também o livro "A Arte de Argumentar" de Anthony Weston, da editora portuguesa Gradiva). E um livro que trata de de epistemologia e filosofia da ciência conjuntamente é o do teólogo brasileiro Urbano Zilles, "Teoria do Conhecimento e Teoria da Ciência", editora Paulus. São ótimos livros introdutórios. Um abraço!

Osmar Neves

Jorge Fernandes Isah disse...

Osmar,
obrigado pelas dicas.
Quando vi o seu primeiro comentário no meu blog, percebi que já o conhecia, não sabia de onde, provavelmente pelos caminhos tortuosos da net.
Na última semana, visitando o blog "Apologia", numa discussão sobre o William Craig no post "A ciência tem resposta para tudo", vi alguns de seus comentários. Então, deduzi que foi ali que pela primeira vez tive contato consigo.
Pelo nível dos seus argumentos percebi que você pode não ser um doutor em filosofia, mas tem bastante conhecimento. Gostei muito do que disse, e principalmente do fato de não ter entrado no círculo vicioso em que o ateu Edmilson dirigiu o debate. Ele não saia do lugar, e o webmaster teve uma paciência e uma tolerância que jamais teria com um incrédulo, no nível em que o incrédulo se propôs a discutir.
Como lhe disse em algum lugar atrás, não creio que levar o ímpio a crer em Deus fará com que cumpramos a ordem do Evangelho de proclamar Cristo. Um ateu, um deísta ou um teísta que não tem Jesus Cristo como Senhor e Salvador estará irremediavelmente perdido e condenado ao Inferno. Então, apenas transportamo-lo para um canto em que nem mesmo nós estamos, onde ele não estará seguro, como se fosse um processo, um estágio intermediário que o levará à conversão verdadeira (creio que o apologista busca a vitória, e essa vitória é que o moverá a continuar no debate; ao contrário, creio que o debate deve existir para proclamar Cristo, e o resto é com o Espírito Santo).
Não sei se estou sendo claro, mas em suma, não acredito em apologética sem Cristo, ainda que fale de Deus; e o objetivo não é ter mais argumentos do que o incrédulo, nem mesmo de vencê-lo (até porque ele já está derrotado), mas pura e simplesmente proclamar Cristo conforme o Seu evangelho, e isso será sempre loucura para o inconvertido.
A questão então é teológica, pois muitos apologetas (quase a maioria) são arminianos e crêem que o trabalho de convencimento é humano, e pode realizar-se completamente pela razoabilidade e lógica. Como sou calvinista e escrituralista, creio que a conversão se dará exclusivamente pela pregação da palavra (oral ou escrita) e a ação regeneradora do Espírito Santo.
Mudando de assunto, você acha que deveria ler primeiro os livros que me indicou ou ler o livro do Nash?
Seria possível você me contatar através do meu email para orientar-me em algumas questões? Se não puder, pretendo fazê-lo por aqui mesmo, se não for incômodo.
Novamente, obrigado pelas dicas, e por nossas conversas.
Forte abraço.

Anônimo disse...

Oi Jorge. Acho que a leitura seria melhor aproveitada se você iniciasse com o livro do Urbano Zilles, depois o de lógica, depois o do Paul K. Moser e se puder, algum pequeno livro de história da filosofia (pode ser o do Danilo Marcondes, publicado pela Zahar). Penso até que o livro do Nash deveria esperar um pouco mais para ser lido, pois depois das sugestões acima, seria ótimo se você lesse "Uma Breve Introdução à Filosofia" do filósofo ateu Thomas Nagel (editora Martins Fontes) seguida da leitura de "Reflexões Sobre as Questões Últimas da Vida" do Vincent Cheung (editora Arte Editorial - impressionante como as questões propostas pelo Nagel forma respondidas pelo Cheung!). Sobre Apologética, assino em baixo sobre o que você disse. Um abraço e fica na Paz!

Osmar Neves, Brasília-DF

Após a leitura, classificarei os livros assim:
Péssimo [0] Ruim [*] Regular [**] Bom [***] Muito Bom [****] Excelente [*****]